Prejuízo ajustado da Azul soma R$ 975,3 mi com aumento de despesas

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São Paulo – A Azul teve prejuízo líquido ajustado de R$ 975,3 milhões no primeiro trimestre, ante um lucro de R$ 113,4 milhões, pressionado por um aumento nas despesas operacionais, que ofuscou o aumento de 10,3% na receita durante o período, para R$ 2,802 bilhões.

O resultado ajustado desconsidera ganhos e perdas com marcação a mercado de operações financeiras e os efeitos da variação cambial sobre estas operações e a dívida da companhia, porque não há desembolso efetivo do caixa da Azul.

Sem o ajuste, a Azul teve prejuízo de R$ 6,386 bilhões, ante lucro de R$ 125,3 milhões um ano antes, principalmente por causa de resultados negativos bilionários em operações financeiras, principalmente por causa da desvalorização do real.

“A Azul registrou uma perda cambial não-caixa de R$ 4,2 bilhões, relacionada principalmente com a depreciação de 29,0% do real entre 31 de dezembro de 2019 e 31 de março de 2020, o que resultou em um aumento de arrendamentos capitalizados e da dívida denominada em moeda estrangeira, composta principalmente pelas notas seniores com vencimento em 2024”, disse a companhia aérea.

A empresa encerrou o primeiro trimestre com um saldo de caixa e investimentos de R$ 3,1 bilhões. Incluindo ativos disponíveis e reservas de manutenção, a posição total foi de R$ 6,7 bilhões.

O presidente da Azul, John Rodgerson, disse que a Azul encerrou abril com uma posição de caixa ligeiramente acima da realizada em março e espera queima líquida de caixa em maio e junho de R$ 3 milhões a R$ 4 milhões por dia, incluindo despesas com juros.

“Com a nossa posição de caixa atual esperamos suportar o atual ambiente de demanda por mais de um ano”, acrescentou.