Prejuízo da Braskem cresce 119,2% no 3° trimestre

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São Paulo, SP – A Braskem reportou no terceiro trimestre de 2023 um prejuízo de R$ 2,418 bilhões, 119,2% maior ante as perdas de R$ 1,103 bilhão no mesmo período de 2022. O
resultado foi superior na comparação com os três meses imediatamente anteriores, quando havia apurado prejuízo de R$ 771 milhões, de acordo com o balanço trimestral divulgado ontem à noite (8), pela companhia.

De acordo com a Braskem, o desempenho negativo no lucro líquido aconteceu em função,
principalmente, do impacto da variação cambial no resultado financeiro, dada a depreciação do real final frente ao dólar final de 4% sobre a exposição líquida da companhia, no montante de US$ 4,0 bilhões.

O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente atingiu R$ 921 milhões no período, queda de 53% ante um ano. No intervalo trimestral, contudo, foi registrado avanço de 31%.

A companhia aponta que o avanço sequencial no Ebitda foi provocado pelo maior volume de vendas e volume exportado de resinas no Brasil, além do avanço em vendas de polipropileno (PP) no segmento Estados Unidos e Europa. Outro fator destacado pela Braskem que impulsionou o indicador foi o reconhecimento no resultado do REIQ (Regime Especial da Indústria Química), referente à apuração dos créditos fiscais relativos aos meses de janeiro a setembro de 2023.

A receita líquida, por sua vez, somou R$ 16,676 bilhões, queda de 34% ante um ano e recuo de 6% na comparação com os três meses imediatamente anteriores.

ADNOC

A Braskem informou que a Adnoc (estatal dos Emirados Árabes) fez uma nova proposta não vinculante pelo controle da companhia no valor de R$ 10,5 bilhões, o que equivale a um preço de R$ 37,29 por ação, pelo total de 38,3% das ações da Novonor, que, após o fechamento da transação, terá uma participação minoritária representativa de até 3% do total de ações de emissão da Braskem atualmente.

O montante de R$ 10,5 bilhões serão pagos pela Adnoc diretamente às Instituições Financeiras da seguinte forma: 50% em dinheiro, na data do fechamento da transação; e os 50% remanescentes convertidos em Dólares Americanos, na data do fechamento da transação, e pagos mediante um instrumento sênior ao equity da Adnoc, com um prazo de vencimento de 7 anos e juros anuais de 7,25%, incorporados ao valor do principal até o fim do 3º ano e em dinheiro a partir do quarto ano.

A Proposta está, ainda, condicionada, dentre outras condições usuais em transações dessa natureza, à conclusão satisfatória pela Adnoc de Due Diligence; apuração de eventuais passivos adicionais derivados do evento de Alagoas; inexistência de passivos contingentes materiais não contabilizados ou não informados; alinhamento e celebração de um novo acordo de acionistas com a Petrobras.