Prejuízo da Oi recua 12,7% no 3° trimestre, para R$ 2,830 bi

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São Paulo, SP – A Oi divulgou ontem o balanço do terceiro trimestre de 2023, com prejuízo líquido de R$ 2,830 bilhões, queda de 12,7% em relação ao prejuízo líquido registrado no mesmo período do ano passado.

O ebitda (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) de rotina foi de R$ 330 milhões, revertendo lucro de R$ 167 milhões alcançado no terceiro trimestre de 2022, impactado, principalmente pela aceleração na queda das receitas de serviços legados, incluindo TV DTH, sem contrapartidas proporcionais em eficiência, dadas as atuais limitações do arcabouço regulatório; e pelo crescimento dos custos de aluguel de rede, para suporte ao crescimento da operação de fibra, decorrentes do modelo operacional iniciado em junho de 2022.

A receita líquida ficou em R$ 2,422 bilhões, queda de 12,6% em relação ao mesmo período de 2022. O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 2,480 bilhões, alta de 23,4% em comparação com o prejuízo de R$ 2,011 bilhões registro no mesmo período de 2022.

A companhia encerrou com caixa consolidado de R$ 2,5 bilhões, redução de 2,2% na comparação com o segundo trimestre deste ano. O capital de giro foi positivo em R$ 94 milhões, tendo ainda reflexo positivo da retenção de pagamentos no âmbito da recuperação judicial, sendo parcialmente compensado por efeitos não caixa no Ebitda.

A dívida líquida ficou em R$ 22,709 bilhões, alta de 23,9% em relação ao mesmo período do ano passado. O saldo da dívida bruta foi de R$ 25,2 bilhões, um crescimento de 15% na comparação anual. A elevação anual foi decorrente, principalmente, do reconhecimento de
juros e do recebimento da 1 tranche do financiamento DIP no 2T23. Na comparação sequencial, em adição aos juros do período, a elevação também resultou da desvalorização do real no período. Ao final do trimestre, a dívida em moeda estrangeira representava 66,5% do total e o prazo médio de vencimento consolidado era de 5,1 anos.

As despesas com depreciação e amortização totalizaram R$ 364 milhões, apresentando uma queda de 67% em relação ao mesmo período do ano passado, e crescimento de 18,2% em comparação ao segundo trimestre deste ano. A queda anual resultou de uma baixa de ativos associados à operação legada, em função do impairment realizado no quarto trimestre de 2022. Na comparação trimestral, o aumento do volume de depreciação ocorreu devido ao início de novos arrendamentos de torres para operação dos serviços da fixa, iniciado no terceiro trimestre de 2023, após a conclusão da venda desses ativos.