São Paulo, 18 de fevereiro de 2025 – O lucro líquido atribuível aos acionistas controladores consolidado do Grupo Pão de Açúcar apresentou uma alta de 264,6% no quarto trimestre de 2024 (4T24), para R$ 1,104 bilhão, ante prejuízo de R$ 303 milhões no mesmo período de 2023. Em todo o ano passado, o lucro aos acionistas controladores foi de R$ 2,470 bilhões, 6,0% maior que na comparação anual.
O lucro líquido aos controladores em Operações Continuadas foi negativo em R$ 737 milhões, 710,2% maior que o prejuízo de R$ 91 milhões no último trimestre de 2023. O prejuízo das operações descontinuadas foi de R$ 367 milhões, 73,2% maior que o prejuízo de R$ 212 milhões no 4T23.
“No 4T24, avançamos em temas relevantes e estruturantes para o longo prazo que somaram R$ (385) milhões no resultado, sendo R$ (272) milhões no resultado continuado e R$ (113) milhões no resultado descontinuado. O efeito caixa destes temas está concentrado, principalmente, aos parcelamentos dos acordos tributários, que proporcionaram redução dos valores em discussão, e aos gastos com rescisões no projeto de reestruturação administrativa, que trarão economias estimadas em cerca de R$ 100 milhões em 2025”, comentou a empresa, em relatório trimestral.
“Além disso, o resultado foi impactado por temas excepcionais relacionados a provisões tributárias e trabalhistas, totalizando R$ (503) milhões, sendo R$ (291) milhões no resultado continuado e R$ (211) milhões no resultado descontinuado, com efeito caixa esperado no longo prazo e possibilidade de acordos no interim. Excluindo esses efeitos, o prejuízo líquido das operações continuadas reduziria de R$ (737) milhões para R$ (174) milhões, enquanto o das operações descontinuadas passaria de R$ (367) milhões para R$ (43) milhões”, explicou a varejista.
A receita líquida aumentou 6,9% no quarto trimestre de 2024 e alcançou R$ 5,585 bilhões na comparação com o mesmo período do ano anterior.
O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado consolidado alcançou R$ 498 milhões no trimestre, 25,4% maior que o visto em igual período de 2023. A margem ebitda ajustada também subiu 1,4 ponto percentual (pp), para 9,5% no período, na mesma base de comparação, o melhor patamar desde 2020, impulsionada por uma aceleração na performance da venda mesmas lojas.
Por segmento, as vendas totais do Pão de Açúcar somaram R$ 2,822 bilhões, correspondentes a 50,5% do resultado total no 4T24, de R$ 5,6 bilhões, seguidas por Extra Mercado, de R$ 1,819 bilhão (32,6%), Proximidade (R$ 619 milhões, 11,1%) e outros negócios (R$ 74 milhões, 1,3%). As vendas totais aumentaram 6,3% na comparação anual.
“No 4T24, as vendas totais foram de R$ 5,6 bilhões, com um aumento de 6,3%. Excluindo o formato Aliados, modelo de venda direta para pequenos comércios, as vendas atingiram R$ 5,3 bilhões, com um crescimento de 8,3%. O formato Proximidade segue em destaque, com aumento de 14,4%, suportado pela abertura de 59 lojas nos últimos 12 meses (sendo 29 lojas no 4T24). As novas lojas continuam apresentando maturação acelerada (aproximadamente sete meses, em média)”, disse a companhia.
“O 4T24 refletiu de forma clara os avanços operacionais alcançados nos últimos trimestres, impulsionados pela complementariedade de nossa oferta por meio de diferentes bandeiras e formatos. Esse progresso se traduziu em uma aceleração significativa do crescimento em mesmas lojas e na continuidade dos ganhos de market share. Além do forte crescimento, destaca-se o aumento consistente de volume, em especial no formato premium”, acrescentou.
Ao final do quarto trimestre, a dívida líquida da companhia apresentou redução significativa de R$ 883 milhões (-40%) em 12 meses, enquanto a alavancagem financeira pré-IFRS 16(2) atingiu 1,6 vez, ante 5,0 vezes no 4T23.