Prejuízo líquido ajustado da Azul recua 76,3% no 3° trimestre de 2024

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São Paulo, SP – A Azul divulgou hoje o balanço do terceiro trimestre de 2024 (3T24), com prejuízo líquido ajustado de R$ 203 milhões, queda de 76,3% em relação ao prejuízo
líquido registrado no mesmo período do ano passado (3T23). De janeiro a setembro, o prejuízo liquido foi de R$ 1,271 bilhão, queda de 40,9% em relação ao prejuízo líquido registrado nos nove primeiros meses de 2023.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) foi de R$ 1,65 bilhão, alta de 6% em relação ao 3T23, enquanto a margem Ebitda alcançou 32,2%, um aumento de 0,5 ponto percentual em relação ao 3T23. De janeiro a setembro, o Ebitda foi de R$ 4,121 bilhões, alta de 10% em relação ao nove primeiros meses de 2023. A margem Ebitda foi de 32,2%, alta de 0,5 ponto percentual em relação ao 3T23. De janeiro a setembro, a margem Ebitda foi de 29,5%, alta 2,1 pontos percentuais em relação ao nove primeiros meses de 2023.

A receita total atingiu R$ 5,1 bilhões, alta de 4,3% em relação ao 3T23 e um aumento de 23% em relação ao 2T24. De janeiro a setembro, o receita total foi de R$ 12,978 bilhões, alta de 2,2% em relação ao nove primeiros meses de 2023. A demanda de passageiros durante o trimestre cresceu 4,3% em relação ao ano anterior, superando a capacidade e levando a uma taxa de ocupação de 82,6%, enquanto o RASK permaneceu forte em R$42,87 centavos, um aumento de 0,6% em relação ao ano anterior.

Em comparação com o terceiro trimestre de 2019, pré-pandemia, a receita total aumentou 69%, enquanto a margem EBITDA aumentou 1,4 ponto percentual, mesmo com o custo do combustível por litro aumentando 73% e a taxa de câmbio média aumentando 40%. Esses números representam uma recuperação significativa em relação ao segundo trimestre, que é sazonalmente mais fraco e também foi impactado pelas enchentes devastadoras no Rio Grande do Sul. Demonstram ainda a sustentabilidade e a lucratividade de nossa estratégia de crescimento.

No 3T24, as despesas operacionais de R$4,1 bilhões, 3,8% maior em comparação com 3T23 explicado principalmente pelo crescimento na capacidade total de 3,7%, a desvalorização de 13,6% do real em relação ao dólar norte-americano e pelo aumento de 8,6% no preço do combustível, compensados pela maior produtividade e pelas iniciativas de redução de custo.

A Azul encerrou o terceiro trimestre com liquidez total de R$6,3 bilhões, incluindo investimentos e recebíveis de curto e longo prazo, depósitos em garantia e reservas de manutenção. A liquidez imediata em 30 de setembro de 2024 era de R$2,5 bilhões, representando 13,1% de nossa receita dos últimos doze meses, mesmo após amortizarmos mais de R$1,4 bilhão em dívidas e arrendamentos.

Em comparação com o 2T24, a dívida bruta reduziu R$ 150 bilhões para R$ 27,956 bilhões,
principalmente devido à apreciação de 2,0% no final do período do real em relação ao dólar
americano no trimestre, resultando em uma redução nos passivos de arrendamento e empréstimos denominados em moeda estrangeira, além de nosso contínuo processo de desalavancagem, com R$ 1,4 bilhão em pagamentos de arrendamentos e amortizações de dívidas, parcialmente compensado pela adição de R$ 436,6 milhões em passivos de arrendamento relacionados a novas aeronaves que entram em nossa frota

A alavancagem da Azul medida como dívida líquida sobre o EBITDA UDM foi de 4,4x, principalmente devido à desvalorização do real frente ao dólar neste ano, que impactou nossa dívida denominada em dólar. Considerando a dívida líquida pro-forma incluindo nossa transação recentemente anunciada, a alavancagem da Azul teria sido de 3,4x.

Em 30 de setembro de 2024, a Azul tinha uma frota operacional de 186 aeronaves de passageiros e uma frota contratual de 186 aeronaves de passageiros, com uma idade média de 7,2 anos excluindo aeronaves Cessna. A Azul terminou o 3T24 com aproximadamente 83% de sua capacidade proveniente de aeronaves de nova geração, consideravelmente superior a qualquer competidor na região.

PROJEÇÕES

A Azul espera aumentar a capacidade em aproximadamente 6% em 2024 em comparação com 2023. O ajuste no crescimento da capacidade ano a ano deve-se principalmente à redução em nossa capacidade doméstica como resultado das enchentes devastadoras no Rio Grande do Sul, à redução temporária em nossa capacidade internacional no primeiro semestre do ano e aos atrasos dos fabricantes nas entregas de novas aeronaves. A expectativa para o ASK total deste deve crescer 6% em relação a 2024, chegando a R$ 6 bilhões. A primeira previsão foi de 7% de alta.

A companhia aérea estima que o EBITDA de 2024 será superior a R$6 bilhões, como resultado do ambiente de demanda robusta nos mercados doméstico e internacional, da tendência positiva nos preços de combustível e de um maior número de aeronaves com baixo consumo de combustível entrando na frota.

A Azul estima que o EBITDA de 2025 será de R$7,4 bilhões, principalmente devido à forte demanda por viagens, um ambiente competitivo racional e robusto crescimento em nossas unidades de negócio. Além disso, o plano de financiamento estruturado, focado em melhorar a liquidez e a geração de caixa, e reduzir a alavancagem, permitirá que a Azul alcance os resultados mencionados na perspectiva futura para 2025.