Prejuízo líquido da Azul recua 10% no 1° trimestre de 2023

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São Paulo, SP – A Azul divulgou hoje o balanço do primeiro trimestre de 2023, com prejuízo líquido ajustado de R$ 727,6 milhões, recuo de 10% em relação ao mesmo período de 2022.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 1,030 bilhão, alta de mais de 73,8% em comparação ao primeiro trimestre de 2022.

A receita líquida fechou em R$ 4,47 bilhões, alta de 40% em relação primeiro trimestre do ano passado. A receita de passageiros cresceu 46,7% em uma capacidade 19,1% maior em comparação com o mesmo período do ano passado. O PRASK cresceu 23,1%, e o RASK cresceu 17,7%. O PRASK doméstico cresceu 28%.

“A demanda nos mercados internacionais continua muito forte, com destaque para o novo voo para Paris, que estreou em 26 de abril. Juntamente com a presença recentemente dobrada no aeroporto de Congonhas, a oferta de produtos nunca foi tão relevante, o que permite oferecer a novos clientes o produto superior, a ampla malha e ofertas de viagens e logística”, destacou a Azul.

O CASK foi de R$ 37,19, 8% acima do primeiro trimestre de 2022, principalmente devido ao aumento de 23,6% no preço dos combustíveis. O CASK excluindo combustível aumentou 1,7%, especialmente devido às nossas iniciativas de redução de custos e ganhos de produtividade. Com os ganhos de eficiência, a produtividade medida em ASKs por FTE aumentou 13%. O consumo de combustível por ASK caiu 4,4%, com o maior número de aeronaves de última geração na frota.

O Yield alcançou R$ 48,5 centavos, um aumento de 24,2% comparado ao mesmo período do ano passado e 35,6% em relação ao mesmo período de 2019.

A companhia encerrou o trimestre com R$ 1,8 bilhão em liquidez imediata, incluindo caixa e equivalentes, recebíveis e investimentos de curto prazo, R$ 743,3 milhões menor em comparação ao quarto trimestre de 22022, principalmente devido ao pagamento de R$ 765,5 milhões em liquidações de risco sacado e cerca de R$ 1 bilhão em pagamentos de arrendamentos, empréstimos, amortizações diferidas relacionadas à COVID-19 e juros. Essa liquidez imediata representou 10,4% da receita dos últimos doze meses.

A dívida bruta reduziu R$ 194,5 milhões para R$ 21,6 bilhões no trimestre, principalmente devido ao nosso processo contínuo de desalavancagem, com R$ 958,6 milhões em pagamentos de empréstimos e arrendamentos durante o trimestre, e pela apreciação de 2,6% do real no final do período, parcialmente compensado pela adição de R$ 183,7 milhões em passivos de arrendamento relacionados a novas aeronaves que entraram em nossa frota. Excluindo o impacto da entrada das novas aeronaves na frota, a dívida bruta reduziu R$ 378,3 milhões.

A Azul fechou o primeiro trimestre com uma frota operacional de 182 aeronaves e uma frota contratual de 194 aeronaves, com uma idade média de 7,2 anos, excluindo as aeronaves Cessna. No final do primeiro trimestre, as 12 aeronaves não incluídas na frota operacional consistiam em 4 ATRs subarrendados à TAP, 3 Embraer E1s subarrendados à Breeze, 2 Embraer E1s e 3 Airbus A330ceo em processo de saída da frota.

A Azul terminou o primeiro trimestre com aproximadamente 76% de sua capacidade proveniente de aeronaves de nova geração, muito superior a qualquer competidor na região.

PROJEÇÕES

A companhia divulgou também as projeções para o ano, com um Ebitda em torno de R$ 5,5 bilhões, combinado com o crescimento contínuo da receita, iniciativas de redução de custos e um ambiente competitivo racional. A estimativa é crescer em 14% a capacidade em comparação com 2022. A alavancagem deve ficar em 3,5 vezes neste ano, e em 3 vezes para 2024.