Prejuízo líquido da Casas Bahia recua 55,9% no 3° trimestre de 2024

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São Paulo, SP – O Grupo Casas Bahia divulgou na noite de ontem (13) o balanço do terceiro trimestre de 2024 (3T24), com prejuízo líquido de R$ 369 milhões, queda de 55% em
relação ao prejuízo líquido registrado no mesmo período de 2023 (3T23). De janeiro a setembro, o prejuízo líquido foi de R$ 593 milhões, 63,5% inferior ao prejuízo líquido registrado nos nove primeiros meses de 2023. A margem líquida foi de 5,8%, alta de 6,9 pontos percentuais em relação ao 3T23

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 491
bilhões, revertendo o resultado negativo de R$ 66 milhões registrado no mesmo período de 2023. De janeiro a setembro, o Ebitda ajustado foi de R$ 1,330 bilhão, alta de 38,6% na comparação com os nove primeiros meses de 2023.

A margem Ebitda ajustado foi de 7,7%, alta de 8,7 pontos percentuais em relação ao 3T23. De janeiro a setembro, o a margem Ebitda ajustado foi de 6,9%, alta de 1,9 ponto percentual na comparação com os nove primeiros meses de 2023. A margem foi a maior em 18 meses e caminha para gradual contínuo crescimento com a perspectiva de melhora de crescimento dos canais de venda já observado no 4T24.

A receita líquida operacional foi de R$ 6,399 bilhões, queda de 2,9% na comparação com o 3T23. De janeiro a setembro, a receita líquido foi de R$ 19,225 bilhões, queda de 10,3% em comparação com os nove primeiros meses de 2023. A receita bruta consolidada registrou redução de 2,8% frente ao 3T23, para R$ 7,6 bilhões. A variação é explicada principalmente pela da retomada de crescimento da receita das lojas físicas de +7,1%, da performance positiva da receita de marketplace de 24,1%, apesar da redução na receita das vendas online (20,1%) dada a busca pelo equilíbrio entre vendas e rentabilidade.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 738 milhões, 8,5% superior vs. 3T23 e 1.2p.p maior como percentual da Receita Líquida (11,5%). Excluindo atualização monetária houve estabilidade, apesar de R$ 22 milhões negativos na modificação da dívida dado o reperfilamento, compensando agora trimestre a trimestre, o impacto positivo de R$ 637 milhões ocorrido no 2T24. Vale ressaltar, que apesar de contabilizar os juros das dívidas financeiras no resultado, o impacto caixa destes itens foi de R$ 11 milhões no 3T24 e R$ 123 milhões no 9M24.

O endividamento bruto foi de R$ 4,3 bilhões (excluindo o passivo de CDCI e fornecedor convênio), sendo 84% no longo prazo. Para entendimento da estrutura de capital, o passivo de CDCI possui um ativo correspondente no contas a receber de CDCI, ambos apresentados na tabela acima e nas Demonstrações Financeiras nas notas explicativas 6.1 e 14. A Companhia apresentou dívida líquida ajustada de R$ (1,2) bilhão e patrimônio líquido de R$ 2,9 bilhões. No 3T24, o caixa incluindo recebíveis não descontados totalizou R$ 3,1 bilhões. O indicador de alavancagem financeira, medido pelo caixa líquido/EBITDA ajustado dos últimos 12 meses ficou em (0,8x). Considerando o saldo de fornecedor convênio e o saldo de CDCI, o mesmo indicador ficou em (2,1x).

O GMV bruto de lojas físicas foi de R$ 5,9 bilhões, crescendo 4,6% mesmo ainda afetada pela redução de categorias e fechamento de lojas. A receita bruta foi de R$ 5,3 bi, crescimento de 7,1% vs. 3T23. A performance das lojas, em evolução, vem também tendo destaque de rentabilidade, principalmente pela maior penetração de crédito e serviços nas vendas, aumento de 4p.p. vs. 3T23. O desempenho no conceito mesmas lojas (GMV) foi de +6,5% no 3T24, seguindo clara tendência positiva de aceleração ao longo do ano (Gráfico SSS). No 3T24 houve fechamento de uma loja, totalizando de 1.072 lojas.

A companhia ressaltou a contínua redução na despesa de PDD em relação a carteira e a cobertura mais que supera as perdas. A taxa de inadimplência acima dos 90 dias foi de 8,4%, melhor em 0,9p.p. vs. 3T23 e 0,1p.p. vs. 2T24, refletindo a tendência na qualidade da carteira. O nível de perda sobre a carteira ativa foi de 4,8%, dentro da média histórica, corroborando os demais indicadores no crediário.