Prejuízo líquido da Gol recua 36% no 3° trimestre de 2024

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São Paulo, SP – A Gol divulgou o balanço do terceiro trimestre de 2024, com prejuízo líquido de R$ 830 milhões, recuou de 36,2% em relação ao prejuízo líquido registrado no mesmo período de 2023 (3T23). De janeiro a setembro, o prejuízo líquido foi de R$ 951 milhões, acima do prejuízo de R$ 124 milhões registrado nos nove primeiros meses de 2023.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) foi de R$ 491 milhões,
queda de 60,7% em relação ao 3T23. De janeiro a setembro, o Ebitda foi de R$ 2,138 bilhões, recuou de 36,9% em relação ao nove primeiros meses de 2023. Já a margem Ebitda foi de 9,9%, queda de 16,9 pontos percentuais em comparação ao 3T23. De janeiro a setembro, a margem Ebitda foi 15,7%, queda de 9 p.p. em relação aos nove primeiros
meses de 2023.

O Ebitda recorrente foi de R$ 1,192 bilhão, queda de 4,6% na comparação anual. De janeiro a setembro, o Ebitda recorrente foi de R$3,364 bilhões, queda de 2,1% em relação ao nove primeiros meses de 2023. Mesmo com a menor diluição de custos resultante da redução de ASK em 2024 comparado a 2023 e depreciação cambial de 13%, a companhia apresentou uma margem Ebitda recorrente de 24%, queda de 2,8 pontos percentuais em relação ao 3T23. DE janeiro a setembro, a margem Ebitda recorrente foi de 24,7%, queda de 0,3 p.p. em comparação ao 3T23.

A receita líquida totalizou R$ 4,960 bilhões, o que representa um crescimento de 6,3% quando comparado com o mesmo período de 2023. De janeiro a setembro, a receita líquida foi R$ 13,611 bilhões, queda de 0,9% em relação aos nove primeiros meses de 2023. Segundo a companhia aérea, o resultado é reflexo da “leve redução de 0,3% na receita líquida total unitária por assento-quilômetro (RASK) e 1% na receita de passageiros unitária (Yield) no mesmo período, principalmente devido ao aumento de 10% na etapa média de voos frente ao 3T23. Esse desempenho reflete condições de mercado com uma tarifa média insuficiente para fazer frente à desvalorização cambial observada no período (superior a 13%)”.

O Caixa total da Companhia (que inclui caixa, equivalentes de caixa e aplicações financeiras) atingiu R$ 1,9 bilhões no 3T24. O caixa somado ao contas a receber totalizou R$ 5,3 bilhões, representando 28,3% da receita dos últimos doze meses.

No terceiro trimestre de 2024, a Companhia gerou R$697 milhões em caixa em suas operações, refletindo principalmente a decisão de reduzir temporariamente o montante de factoring de recebíveis. O saldo de Contas a Receber cresceu R$ 442 milhões no trimestre (R$ 2,5 bilhões nos nove meses de 2024), ilustrando o impacto da estratégia da companhia da redução de operações de antecipação de recebíveis.

Em 30 de setembro de 2024, os Empréstimos e Financiamentos contabilizados da GOL eram de R$ 19,3 bilhões, dos quais R$ 5,5 bilhões são relativos ao DIP Loan. O passivo total de arrendamento era de R$ 10,2 bilhões. A dívida bruta total do 3T24 era de R$ 29,5 bilhões, representando um aumento de 46% quando comparada ao 3T23, principalmente devido à desvalorização cambial e ao DIP Loan. A relação dívida líquida ajustada/EBITDA UDM atingiu 5,5x em 30 de setembro de 2024.

Em 30 de setembro de 2024, a GOL possuía uma frota total de 138 aeronaves Boeing, sendo 49 737-MAX, 83 737-NG e 6 cargueiros 737-800BCF. A frota da Companhia é 100% composta por aeronaves narrowbody da família Boeing 737, sendo 97% financiadas por meio de arrendamentos operacionais e 3% financiadas por meio de arrendamentos financeiros

A GOL aumentou a oferta total de ASK em 6,7% no 3T24, em relação ao 3T23. No mercado doméstico, a GOL ampliou sua capacidade em 19% frente ao trimestre passado (1,5% 3T24 vs 3T23), com foco nos principais mercados de alta demanda do país, como o aeroporto de Galeão (GIG), que teve sua oferta de assentos ampliada em 29%, com 220 mil assentos adicionados no período.

No mercado internacional, a GOL continuou a fortalecer sua presença com um aumento de 57,0% em ASK (3T24 vs 3T23 e 35,2% vs 2T24), impulsionado pela expansão de mercados como Buenos Aires (aumento superior a 70% YoY) e Miami (com +53%). A Companhia também retomou suas operações internacionais nas bases de Natal, Porto Seguro e Confins, todas com destino a Buenos Aires (BUE), em adição ao lançamento de sua nova base em Bogotá, Colômbia.