Prejuízo líquido da Natura totaliza R$ 6,7 bilhões no 3T24, contra lucro líquido de R$ 7 bi, base anual

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São Paulo, 8 de novembro de 2024 – A Natura&Co, que reúne as marcas Natura, Avon e The Body, reportou prejuízo líquido no terceiro trimestre de 2024 (3T24) de R$ 6,7 bilhões, comparado ao lucro líquido de R$ 7,0 bilhões no mesmo período de 2023. Excluindo o efeito não-caixa não-recorrente de R$ -7,0 bilhões da desconsolidação da Avon Products Inc (API), em meio ao processo de Chapter 11, e outros ajustes menores, o lucro líquido underlying foi de R$ 524 milhões, comparado ao proforma (ex API e subsidiárias) de R$ 1,135 bilhão no mesmo período do ano passado. A melhora de R$ 320 milhões na comparação anual no EBIT foi mais do que compensada por maiores despesas financeiras líquidas e imposto de renda, que no 3T23 foram particularmente beneficiados pelo pagamento de juros sobre capital próprio da Natura Cosméticos. O lucro líquido das operações continuadas totalizou R$ 302 milhões.

A Receita Líquida Consolidada de R$ 6,0 bilhões, aumento de 18,5% em relação ao 3T-23 em moeda constante (CC) (+11,3% ex-Argentina) e de 17,4% em R$. O forte desempenho foi impulsionado tanto pela Natura (+19,4%) quanto pela Avon CFT (+14,4%, recuperando-se da forte queda registrada no 3T-23) no Brasil. Nos mercados hispânicos, a Natura apresentou ritmo acelerado de crescimento (aumento anual de um dígito alto ex-Argentina), parcialmente compensado pelo desempenho da Avon Casa & Estilo na região.

O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente do período foi de R$ 870 milhões, aumento de 52,0% em relação ao 3T23 com margem de 14,6%, expansão de 340 pontos base (bps) A/A, marcando outro trimestre de sólida expansão da rentabilidade. Essa melhora na margem se deve à:

(i) Natura &Co Latam: Sólida expansão da margem bruta de +340 bps A/A, impulsionada pela alavancagem operacional, um melhor mix de países e maior exposição à marca Natura. Esses ganhos, juntamente com eficiências em DG&A, logística e crédito e cobrança, foram reinvestidos em marketing e outros projetos estratégicos (como o digital, cujo impacto foi de -130 bps A/A), impulsionando o desempenho de vendas

(ii) Holding: Redução de 43% das despesas corporativas A/A, explicada principalmente pelos esforços contínuos para simplificar a estrutura da Holding (em linha com resultados anteriores), mas também beneficiada pelo faseamento das despesas operacionais entre o 3T e o 4T24.

Ao final do trimestre, a dívida líquida (excluindo leasing) somou R$ 3,7 bilhões (R$ 2,2 bilhões no 2T-24), devido ao impacto de R$ 1,3 bilhão referente à desconsolidação da API e suas subsidiárias, que foi a principal razão do aumento da dívida líquida. O fluxo de caixa positivo gerado pelas operações, durante o trimestre, foi neutralizado pela saída de caixa para pagamento de projetos estratégicos (consultoria, honorários advocatícios e financiamento da Avon, incluindo o Debtor-in-Possession).