São Paulo – O prejuízo líquido recorrente, que desconta dos resultados eventos com efeitos temporários ou extraordinários, da Petrobras diminuiu 43% no terceiro trimestre, em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 1,546 bilhões, influenciado pelo aumento da produção de petróleo e gás natural, maior fator de utilização das refinarias e forte geração de caixa.
A receita líquida da companhia diminuiu 8,2% na mesma base de comparação, para R$ 70,730 bilhões. O resultado mostra recuperação em relação ao trimestre anterior, com recuperação da demanda de derivados de petróleo no Brasil, manutenção do patamar elevado das exportações e o crescimento de 48% nos preços do Brent em reais.
O ebitda ajustado subiu 2,6% no período, para R$ 33,440 bilhões. O ebitda ajustado leva em consideração o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, participações em investimentos, reduções no valor recuperável de ativos (impairment), o resultado com alienação e baixa de ativos e remensuração nas participações societárias.
Por segmentos, as maiores receitas líquidas foram as de diesel, de R$ 19,593 bilhões, queda de 18,1% em relação ao terceiro trimestre de 2019, enquanto a de gasolina foi de R$ 9,174 bilhões, queda de 1,4% na mesma base de comparação. A receita do mercado interno somou R$ 47,861 bilhões, queda de 14,4%, enquanto a do mercado externo cresceu 8,1%, para R$ 22,869 bilhões.
O lucro líquido da área de divisão de exploração e produção (E&P) – a maior divisão da Petrobras em termos de receita – foi de R$ 14,493 bilhões, enquanto em refino foi de R$ 2,118 bilhões.
Ao longo do trimestre, a Petrobras diminuiu os investimentos em 37,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, para US$ 1,638 bilhão, enquanto o fluxo de caixa livre aumentou 56,1% para R$ 40,138 bilhões.
O endividamento líquido da companhia somava R$ 373,5 bilhões ao fim do terceiro trimestre -, 4,2% a menos do que igual período de 2019, ou o equivalente a 2,33 vezes o ebitda ajustado na comparação anual.