Prejuízo líquido do GPA recua 72,5% no 4° trimestre de 2023

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São Paulo, SP – O Grupo Pão de Açúcar (GPA) divulgou na noite de ontem (21) o balanço do quarto trimestre de 2023, com prejuízo líquido de R$ 303 milhões, queda de 72,5% em comparação com o prejuízo líquido de R$ 1,1 bilhão registrado no mesmo período de 2022. Em 2023, o prejuízo líquido foi de R$ 2,2 bilhões, alta de 1.222,1% em comparação a 2022.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 404 milhões, alta de 38,8% na comparação anual. Em 2023, o Ebitda ajustado foi de R$ 1,3 bilhão, alta de 13,9% em comparação a 2022

A receita líquida ficou em R$ 5,2 bilhões, alta de 7,3% em relação ao mesmo período de 2022. Em 2023, a receita líquida foi de R$ 19,2 bilhões, alta de 11,1% em comparação a 2022.

A margem Ebitda chegou a 7,7%, alta de 1,8 ponto percentual (p.p.) em relação ao mesmo período de 2022. Em 2023, a margem Ebitda ficou em 6,8%, alta de 0,2 p.p. em relação a 2022.

As vendas totais atingiram R$ 5,6 bilhões, resultando em um aumento de 6,3%, impulsionado pelo aumento de 19,3% do formato de Proximidade com a abertura de 56 lojas em 2023 (sendo 11 lojas no quarto trimestre de 2023) que apresentaram maturação acelerada (em média, sete meses). O crescimento foi mais uma vez superior ao

crescimento do mercado de autosserviço, com aumento de 0,3 p.p. de market share, apesar da forte base de comparação em relação ao quarto trimestre de 2022, que foi impactado positivamente com as conversões de parte das lojas de hipermercados em supermercados.

O resultado financeiro líquido apresentou um prejuízo de R$ 52 milhões, revertendo o lucro de R$ 38 milhões registrado no mesmo período de 2022. As receitas financeiras atingiram R$ 215 milhões, variação negativa de R$ 90 milhões na comparação anual. Essa variação ocorreu, principalmente, por efeitos excepcionais de R$ 186 milhões, referente a atualização de créditos fiscais, e R$ 36 milhões, pela correção monetária relacionada a cessão do Extra Hiper, ocorridos no quarto trimestre de 2022, que foram parcialmente compensados por R$ 139 milhões de ganhos com a marcação a mercado da participação remanescente de 13,3% detida pelo GPA no Éxito ao final do quarto trimestre de 2023

O presidente Marcelo Pimentel destacou que, com a decisão do grupo de vender o restante das ações do Éxito e a participação no capital da Cnova, a companhia voltou a ser uma empresa 100% brasileira, focada no mercado alimentar nacional, muito mais preparada para continuar crescendo.

O lucro bruto totalizou R$ 1,3 bilhão, com margem de 25,7%, demonstrando melhora de 3,1 p.p. e 0,6 p.p. em relação ao 4T22 e 3T23, respectivamente. A contínua evolução do Lucro Bruto na comparação com o ano anterior é resultado, principalmente, de uma melhora expressiva nas negociações comerciais, redução da quebra e ganhos de eficiência em custos de operação. Em relação ao 3T23, além da melhora em negociações comerciais, apresentamos uma maior diluição dos custos logísticos, com ganhos de escala decorrentes do aumento do volume da operação.

As Despesas com Vendas, Gerais e administrativas totalizaram R$ 988 milhões no trimestre, representando 18,8% da receita líquida, sendo esse o menor patamar alcançado no ano, refletindo uma redução de 0,2 p.p. em comparação ao terceiro trimestre de 2023. Na comparação com o 4T22, houve um aumento de 1,4 p.p. como percentual da receita líquida, principalmente relacionado com despesas de loja para a melhora da experiência dos clientes.

O GPA apresentou uma redução da dívida líquida de R$ 721 milhões na comparação com o mesmo período de 2022. No ano de 2023, a Companhia também apresentou Fluxo de Caixa Livre Operacional positivo de R$ 181 milhões, uma melhora de R$ 1,7 bilhão em comparação com o ano de 2022. Em 2023, houve também uma geração de caixa de R$ 792 milhões com vendas de ativos não core e R$ 250 milhões com dividendos recebidos do Éxito.

A dívida líquida, incluindo o saldo de recebíveis não antecipados, alcançou R$ 2,2 bilhões, aumento de R$ 159 milhões em relação a 2022. A alavancagem financeira, medida pela dívida líquida dividida pelo EBITDA Ajustado do GPA Brasil, apresentou redução de 0,1x na comparação com o último trimestre de 2022, atingindo 1,7x. Ao final do quarto trimestre de 2023, o GPA apresentou posição de caixa de R$ 3 bilhões, equivalente a 3,1x a dívida de curto prazo da companhia.