Presidente da Petrobras diz que análises da cia terão mais proficiência técnica que as do mercado

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Energia eólica offshore
Energia eólica offshore

São Paulo – O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, reforçou que o acordo com a Equinor para analisar sete áreas marítimas offshore para possíveis investimentos em geração eólica terá várias etapas e será feito com mais proficiência técnica que as análises do mercado, em resposta à reação negativa dos investidores ao anúncio.

Na segunda (6/3), a Petrobras assinou com a Equinor uma carta de intenções que amplia a cooperação entre as empresas para avaliar a viabilidade técnico-econômica e ambiental de sete projetos de geração de energia eólica offshore na costa brasileira, com potencial para gerar até 14,5 GW. Ontem as ações da Petrobras caíram mais de 3% após a notícia.

Segundo Prates,” a companhia fará as análises que qualquer investidor, agente de investimentos ou analista financeiro irá fazer e com muito mais proficiência técnica”, em vídeo divulgado nesta quarta-feira pela companhia sobre a reação negativa do mercado financeiro ao anúncio da parceria.

“São apenas desenhos de blocos marítimos onde vamos tentar conseguir a outorga, apenas para analisar, não faremos todos os aportes de uma vez”, comentou o executivo.

“É como imaginar que a Petrobras se inscreve numa licitação de blocos de exploração e produção e calcular todo o valor de todos os blocos onde ela se inscreveu para ‘bidar’ e colocar aquilo como se fosse um investimento que fosse acontecer todo ao mesmo tempo. Não faz sentido”, comentou.

“Nós é que vamos dar os parâmetros técnicos de análise, que os analistas da área econômica e financeira vão utilizar. Aí é uma questão de se confiar no julgamento técnico de uma empresa como a Petrobras, principalmente quando também está aliada com outra empresa, igualmente capaz.”

Prates disse que a Petrobras fará outros anúncios em breve, outras parcerias, em outras áreas, como na exploração da Margem Equatorial, “em incrementar as capacidades de refino sem necessariamente fazer grandes investimentos” e sem investir em novas unidades de refino. “O que está em análise são os upgrades, as melhorias, os aprimoramentos, o complemento e a finalização de unidades que já existem, dentro das mesmas instalações, atendendo unidades que a gente já conhece e já identificou.”

Ele disse que a Petrobras vai continuar buscando empresas de grande porte e avalia que a Petrobras precisa conversar com suas congêneres para tirar risco e trazer novas opiniões e que essas companhias também estão interessadas nos recursos naturais do Brasil, não só petróleo e gás, mas também os renováveis.