Presidente diz que barrou ações do MST cortando verbas públicas para ONGs

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Brasília – Em um evento voltado para o agronegócio, nesta segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o setor vem superando os obstáculos graças a ações de seu governo, como a atuação para tirar força do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). “Todos devem se lembrar que tínhamos algumas dificuldades no passado, por exemplo, a atuação do MST. Nós praticamente anulamos as ações do MST, tirando dinheiro público que ia para ONGs que financiavam o MST”, afirmou.
O presidente participou do lançamento do Circuito do Agronegócio – Carreta Agro BB, programa para estimular os negócios no setor rural. Técnicos do Banco do Brasil vão percorrer o país para levar conhecimento, informação e assessoria técnica aos produtores rurais, estimulando a adoção de boas práticas.
“Ao longo de três anos, distribuímos mais títulos do que em 20 anos de governos anteriores. Tiramos a força do MST através do uso daqueles que estavam em uma reforma agrária que nunca saía”, completou o presidente.
Outra medida citada por Bolsonaro em benefício do produtor rural foi a posse de arma de fogo nas fazendas. “Quando se fala em arma de fogo, a arma é uma sinônimo de liberdade. Um homem armado jamais será escravizado. Nós estendemos a posse de arma de fogo, que passou a ser porte estendido, com apoio do Congresso Nacional. O homem do campo passou a poder atuar em toda a sua propriedade, levando mais tranquilidade”, afirmou.
MEIO AMBIENTE
Para Bolsonaro, ele acertou ao escolher a ministra Tereza Cristina para comandar a pasta da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, bem como o ex-ministro Ricardo Salles para o Meio Ambiente. Salles deixou o governo em do ano passado. “Paramos de ter grandes problemas com a questão ambiental, em especial no tocante à multa. Tem que existir? Tem, mas conversamos e reduzimos em mais de 80% a multagem no campo”, afirmou.
“Obviamente quem vai fazer uma inspeção ou apurar uma denúncia é um direito, mas o primeiro momento é advertir, é dialogar e num segundo momento a multagem. Isso ajudou em muito a questão do campo”, completou.
O presidente destacou ainda o incentivo ao modal ferroviário para escoamento da produção agropecuária brasileira, além do investimento na conclusão de obras rodoviárias inacabadas. “Algo que já começa a aparecer é o ressurgimento do modal ferroviário, que estava esquecido no Brasil”, afirmou, citando a Ferrovia Norte-Sul e a Transnordestina.
O presidente voltou a criticar a demarcação de terras indígenas, em especial a possibilidade mudança dos critérios para definição dessas áreas. O Supremo Tribunal Federal (STF) julga ação que liberaria os indígenas a reivindicarem terras que ocupavam a qualquer tempo. Hoje eles só podem pedir a demarcação de terras que ocupavam até outubro de 1988. Bolsonaro argumenta que as terras indígenas ocupam 14% do território brasileiro. “Temos preocupações e estamos resolvendo problemas