Brasília – Na retomada dos trabalhos do Judiciário no segundo semestre, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, defendeu a democracia e a civilidade durante o período eleitoral no país. Fux disse ainda que os processo eleitoral brasileiro é um dos mais confiáveis do mundo.
“O Supremo Tribunal Federal anseia que todos os candidatos aos cargos eletivos respeitem os seus adversários, que efetivamente não são seus inimigos, confiando na civilidade dos debates e, principalmente, na paz, que nos permita encerrar o ciclo de 2022 sem incidentes”, afirmou.
Fux pregou respeito à Constituição e defendeu a tolerância no pleito deste ano. “Nunca é demais renovar ao país os votos de que nós, cidadãos brasileiros, candidatos e eleitores e demais partícipes, permaneçamos leais à nossa Constituição Federal, sempre compromissados para que as eleições deste ano sejam marcadas pela estabilidade institucional e pela tolerância”, disse.
O ministro destacou o papel do Supremo na defesa da democracia, lembrando que as eleições representam “um dos momentos mais sensíveis de um regime democrático”. Segundo Fux, é no pleito que se manifestam o direito e o dever dos brasileiros através do voto popular.
“Felizmente, nossa democracia conta com um dos sistemas eleitorais mais eficientes, confiáveis e modernos de todo o mundo”, afirmou. “Uma Justiça Eleitoral transparente, compreensível e aberta a todos aqueles que desejam contribuir positivamente para a lisura do prélio eleitoral”, completou.
Há 15 dias, o presidente Jair Bolsonaro reuniu diplomatas estrangeiros para atacar o sistema eleitoral brasileiro, levantando dúvidas sobre a segurança das urnas eletrônicas, sem apresentar provas.
No discurso de abertura, Fux pregou ainda respeito ao resultado das eleições. “Nesse contexto de pluralidade e de interdependência, a prosperidade do nosso Brasil, seja qual for o resultado das urnas, exige que, ao longo de todo esse processo, sejamos capazes de exercer e de inspirar nos nossos concidadãos os valores do respeito e do diálogo”, disse.