São Paulo – O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participou presencialmente da cerimônia de divulgação do resultado do edital “Sertão Vivo”, realizada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) da Organização das Nações Unidas (ONU), na manhã desta terça-feira, no Palácio do Planalto. As instituições assinaram o contrato de financiamento de R$ 1,75 bilhão, que deverá beneficiar 430 mil famílias no semiárido nordestino e anunciaram a ampliação do projeto com recursos próprios do BNDES. O presidente não discursou.
O recurso será disponibilizado por meio do projeto “Sertão Vivo, Semeando Resiliência Climática em Comunidades Rurais no Nordeste”, que tem o objetivo de contribuir para o combate à fome e aos efeitos das mudanças climáticas através do apoio a projetos em áreas rurais de clima Semiárido na Região Nordeste.
Também participaram do evento o vice-presidente Geraldo Alckmin, os presidentes do BNDES, Aloizio Mercadante, e do FIDA, Álvaro Lario, o diretor do FIDA no Brasil, Claus Reiner, a diretora Socioambiental do Banco, Tereza Campello, e os nove governadores integrantes do Consórcio Nordeste, como João Azevêdo, da Paraíba.
Mercadante disse que o financiamento “é mais do que um projeto social”, mas também será importante para avaliar investimentos na área ambiental e parabenizou o Consórcio Nordeste por apresentar “bons projetos”.
Para Mercadante, iniciativa Sertão Vivo pode ser um campo de pesquisa para o mundo. “Estamos vendo [com o Sertão Vivo] como o planeta vai se defender do aquecimento global em áreas que podem viver o cenário que o Nordeste conhece, com tecnologia social, com a experiência do acúmulo de água, com as variedades que temos que produzir para atingir uma alimentação saudável”, afirmou.
De acordo com a diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello, a iniciativa pretende apoiar projetos de todos os estados da região Nordeste que promovam “o aumento da resiliência climática” da população rural do Semiárido do Nordeste brasileiro, incluindo agricultores familiares, assentados da reforma agrária e comunidades tradicionais (povos indígenas, fundo de pasto, quilombolas etc).
Os agricultores familiares beneficiados deverão adotar princípios e práticas que proporcionem acesso à água, aumentem a produtividade e a segurança alimentar das famílias beneficiadas, ampliem a resiliência dos sistemas de produção agrícola, restaurem ecossistemas degradados e promovam a redução das emissões de gases do efeito estufa, informou o BNDES.