São Paulo – O Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) subiu 0,60% em abril na comparação com março, desacelerando-se em relação à alta apurada no período anterior (+0,93%), segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou abaixo da mediana das expectativas do mercado financeiro, de +0,68%, conforme o Termômetro CMA.
Com isso, o IPCA-15 acumula altas de 2,82% no ano e de 6,17% nos últimos 12 meses, até este mês. O resultado no período de 12 meses também ficou abaixo da mediana das estimativas, de +6,25%, ainda segundo o Termômetro CMA, na maior taxa para o período em cinco anos (+9,34% até abril de 2016), mantendo-se acima do centro da meta perseguido pelo Banco Central para este ano,
de 3,75%, pelo terceiro mês.
Segundo o IBGE, sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram alta em abril, sendo que o maior impacto (+0,36 ponto percentual) veio do grupo Transportes, como também a maior variação (+1,76%), desacelerando-se em relação ao resultado do mês passado (+3,79%), influenciado pela alta menos intensa de preços dos combustíveis (+4,87%). O maior impacto individual do IPCA-15 no mês ficou com a gasolina (+0,30 pp e +5,49%), que acumula nove meses de alta nos preços.
A segunda maior contribuição da alta do IPCA-15 veio de Alimentação e bebidas (+0,08 pp e +0,36%) puxado por alimentação em domicílio, que passou de -0,03% no mês passado para +0,19% este mês, com as altas do pão francês (+1,73%), do leite longa vida (+1,75%), enquanto carnes seguiram em alta (+0,61%), mas desacelerando-se do resultado de março (+1,72%).
Os grupos Habitação (0,45%) e Saúde e cuidados pessoais (+0,44%) tiveram as maiores altas, influenciadas pelas altas do gás de botijão (+2,49%) – item que acumula alta de 20,22% nos últimos 12 meses -, e da alta dos planos de saúde (+0,66%). O grupo comunicação teve uma ligeira queda de 0,04% e Educação ficou estável.
Quanto aos índices regionais, o IPCA-15 subiu em todas as 11 regiões pesquisadas neste mês. A maior alta foi observada em Brasília (+0,98%), puxada pela gasolina (+8,37%), enquanto a alta menos intensa foi registrada na região metropolitana de Belém (+0,39%), influenciada pela queda no preço do arroz (-5,25%). Em São Paulo, o IPCA-15 passou de +0,67% no mês passado para +0,47% neste mês. No acumulado em 12 meses, a capital paulista teve a menor variação positiva (+5,46%).
O IPCA-15 é calculado com base em famílias com rendimentos de 1 a 40 salários e que vivem nas principais regiões metropolitanas do país, além de Brasília e Goiânia. Para o cálculo do indicador, os preços foram coletados no período de 16 de março a 13 de abril.