Prévia operacional da Braskem fica abaixo das previsões dos analistas

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Foto: Divulgação/Braskem

São Paulo – O relatório de produção e vendas referente ao terceiro trimestre de 2022 que a Braskem (BRKM5), maior indústria petroquímica brasileira, divulgou na sexta-feira, de maneira geral decepcionou os analistas, que haviam visto uma companhia com desempenho robusto em 2021 e já não estimam perspectiva tão positiva para o futuro.

A Levante Investimentos considera que o resultado das prévias operacionais da Braskem não foi muito inspirador para a companhia. Em resumo, o documento mostrou normalização na taxa de utilização média das centrais petroquímicas brasileiras da companhia, uma vez que o segundo trimestre deste ano foi marcado por interrupções, programadas ou não, nas plantas de suas indústrias. No entanto, também apontou os impactos do esfriamento de demanda na venda de vários dos seus produtos.

O Bank of America (BofA) indicou que os volumes de vendas de resinas domésticas brasileiras ficaram em linha com as expectativas de seus analistas, mas as exportações caíram. O Volume de vendas nos EUA e Europa foram prejudicados pela fraca demanda, e ficaram abaixo das expectativas do BofA. Os volume de vendas de Polietileno mexicano foi de 180 mil toneladas, aumento de +13% na base anual, mas ainda abaixo das estimativas dos analistas do BofA. Mesmo assim, a recomendação é de compra e preço-alvo de R$55.

“Apesar das tendências fracas nas margens petroquímicas, mantemos nosso rating de compra na Braskem devido ao lucro/fluxo de caixa sólido ainda esperado, embora bem abaixo dos picos recentes, uma avaliação favorável. A liderança da companhia em polietileno verde e também é critério para rating de compra, além das potenciais melhorias na governança corporativa”, analisam os especialistas do BofA.

O BTG Pactual, por sua vez, acha que há boas razões para acreditar que os múltiplos da Braskem vão fechar a lacuna com pares globais, e sustentam a recomendação de compra por aspectos de avaliação. Os analistas acreditam, no entanto, que os investidores continuam a ver seu potencial de venda como um dos poucos gatilhos do semestres em meio ao cenário macro difícil. “Como ainda estamos céticos quanto à venda da BRKM no a curto prazo, preferimos jogar o setor por meio de outros nomes mais expostos à cadeia de valor de O&G a montante.” A recomendação é de compra e o preço-alvo de R$ 34,53.