São Paulo – Os economistas ouvidos pelo Banco Central elevaram a estimativa da inflação pela décima semana seguida, prevendo alta de 2,65% do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao fim deste ano, de 2,47% na semana passada, e de 1,99% há um mês. Já para 2021, a projeção se manteve em alta de 3,02%, de 3,01% quatro semanas antes, segundo o relatório de mercado Focus, do Banco Central.
As projeções para 2022 seguiram em +3,50%, há 64 semanas, e em +3,25% em 2023 há 14 semanas. Para os próximos 12 meses, a projeção oscilou de 3,29% para 3,37% na segunda alta seguida, de 3,17% quatro semanas atrás.
Outro destaque no documento do BC foi a taxa de câmbio, no qual o mercado revisou para cima pela segunda vez seguida, passando de R$ 5,30 para R$ 5,35, de R$ 5,25 há quatro semanas. Para 2021, a cotação do dólar em relação ao real seguiu em R$ 5,10, de R$ 5,00 há um mês. Já em 2022, o mercado manteve a previsão de dólar a R$ 4,90, pela sétima vez seguida. Em 2023, a projeção para o câmbio oscilou de R$ 4,80 para R$ 4,90.
Em relação ao resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do país ao fim deste ano, o mercado projeta retração de 5,00% da economia brasileira, de -5,03% antes, enquanto há um mês, a previsão era de queda de 5,05%. Para 2021, após 20 semanas de estabilidade, os economistas revisaram para baixo a estimativa de alta do PIB, passando de 3,50% para 3,47%. Já para os demais anos, o mercado financeiro manteve as estimativas de arrancada da atividade econômica, ao passo que as projeções de crescimento de 2,50% em 2022 e em 2023, cada, seguem inalteradas há 130 e há 85 semanas, respectivamente.
Por fim, em relação à Selic, os economistas seguiram com a previsão para a taxa básica de juros neste ano em 2,00%, há 16 semanas, o que indica manutenção da Selic até dezembro. Para 2021, a estimativa ficou em 2,50% pela quinta vez. Enquanto para 2022, a projeção foi mantida em 4,50% pela oitava semana consecutiva, e para 2023, o mercado financeiro manteve a estimativa para a Selic em 5,50% pela terceira semana, ainda conforme o relatório Focus do Banco Central.
BALANÇA COMERCIAL
Os economistas consultados pelo Banco Central elevaram a previsão de superávit da balança comercial brasileira em 2020 de US$ 57,49 bilhões para US$ 57,56 bilhões. Para 2021 e 2022, as estimativas de saldo positivo foram mantidas, em US$ 55 bilhões e US$ 50 bilhões, respectivamente, enquanto para 2023 caiu de US$ 39,25 bilhões para US$ 35,50 bilhões.
Em relação ao saldo da conta corrente, a previsão para 2020 passou de déficit de US$ 6,81 bilhões para -US$ 6,71 bilhões; para 2021 permaneceu em -US$ 17,00 bilhões, enquanto para 2022 foi de -US$ 26,00 bilhões para -US$ 26,22 bilhões. Já para 2023, a previsão de déficit das transações correntes passou de -US$ 40,20 bilhões para -US$ 32,19 bilhões.
Por fim, em relação ao Investimento Direto no País (IDP), houve alteração apenas na projeção para 2022, que caiu de US$ 74,50 bilhões para US$ 72 bilhões. Para os demais anos, a projeção foi mantida, sendo saldo de US$ 50 bilhões em 2020; US$ 65 bilhões em 2021 e US$ 75 bilhões em 2023 esses dois últimos estáveis pela segunda semana seguida.