São Paulo – Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) seguiram com a previsão de alta do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao fim deste ano, passando de 3,34% para 3,32%. Há um mês, a projeção era de +3,34%, segundo o relatório de mercado Focus, do BC. Em relação ao fim de 2020, a previsão oscilou de 4,39% para 4,38%.
Para 2022 e 2023, as projeções foram mantidas, em +3,50% e +3,25%, respectivamente, há 75 e 25 semanas. Já a previsão para os próximos 12 meses caiu pela quarta vez seguida, de 3,72% para 3,56%. Há um mês, estava em 4,09%.
Em relação às expectativas para a economia, o mercado financeiro prevê alta do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 3,40%, de 3,49% na semana passada. Há um mês, a previsão era de recuo de 3,50%. Para o fim de 2020, a previsão de queda passou de -4,40% para -4,36%. Enquanto para 2022 e 2023, a previsão de crescimento econômico foi mantida em 2,50%, há 141 e 96 semanas, respectivamente.
Já a projeção para a taxa de câmbio ao fim de 2021 se manteve em R$ 5,00 pela segunda semana, enquanto em 2022 caiu pela segunda vez, de R$ 4,95 para R$ 4,90. E em 2023, a cotação do dólar em relação ao real passou de R$ 4,87 para R$ 4,85, no segundo recuo seguido, de R$ 4,94 há um mês.
Por fim, os economistas revisaram para baixo a previsão para a taxa básica de juros (Selic), passando de 3,13% para 3,00% ao fim deste ano. Já para 2022 e 2023, as previsões seguiram em 4,50%, pela décima nona vez, e em 6,00% pela décima semana, respectivamente.
BALANÇA COMERCIAL
Os economistas consultados pelo Banco Central reduziram a previsão para o superávit da balança comercial brasileira em 2020 pela quarta semana seguida, de US$ 55,55 bilhões para US$ 55,05 bilhões. O resultado efetivo está previsto para ser divulgado hoje à tarde (15h).
Ainda no âmbito do Focus, as estimativas de saldo comercial positivo no período de 2021 a 2023 ficaram estáveis, sendo US$ 55,10 bilhões, US$ 48,90 bilhões e US$ 37,50 bilhões, respectivamente.
Em relação ao saldo da conta corrente, a previsão para 2020 passou de déficit de US$ 4,50 bilhões para -US$ 4,60 bilhões; para 2021, foi de -US$ 15 bilhões para -US$ 16 bilhões; para 2022, passou de -US$ 28,27 bilhões para -US$ 29,10 bilhões, e em 2023, a previsão de saldo negativo das transações correntes passou de -US$ 33,60 bilhões para -US$ 35,00 bilhões.
Por fim, a previsão para o ingresso de recursos externos, no âmbito do Investimento Direto no País (IDP), foi mantida para o período de 2020 a 2022, sendo US$ 40 bilhões para o ano passado; US$ 60 bilhões em 2021 e em US$ 70 bilhões em 2022. Já para 2023, a estimativa referente ao aporte de capital estrangeiro no setor produtivo subiu de US$ 75,00 bilhões para US$ 77,50 bilhões.