Previsão de alta do IPCA em 2021 sobe pela 12ª semana seguida

872

São Paulo – Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) revisaram a previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao final deste ano pela décima-segunda vez seguida, passando de 5,90% para 5,97%. Há um mês, a projeção era de +5,31%. Para 2022, a projeção permaneceu em 3,78% pela segunda semana seguida. Para os anos de 2023 e 2024, a previsão é mantida em 3,25% em ambos há 50 e 22 semanas, respectivamente.

Ainda no âmbito do IPCA, a estimativa para os próximos 12 meses subiu pela décima-segunda vez seguida, passando de 5,93% para 6,00%, de 5,49% há um mês. É válido lembrar que as metas de inflação para 2021, 2022 e 2023 são de 3,75%, 3,50% e 3,25%, nesta ordem, conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

PIB – Em relação às expectativas para a atividade, o mercado financeiro elevou a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano pela décima semana seguida, de 5,00% para 5,05%, de 3,96% há um mês. Para 2022, a previsão de crescimento econômico oscilou em alta, passando de 2,10% para 2,11%, enquanto para 2023 e 2024 permaneceu em 2,50%, cada, há 121 e 68 semanas, nesta ordem.

Selic – No que se refere à taxa básica de juros, a projeção para a Selic ao final deste ano seguiu em 6,50%, de 5,75% há quatro semanas. Para 2022, 2023 e 2024, a previsão para o juro básico também foi mantida em 6,50% cada, há seis, treze e nove semanas, respectivamente.

Câmbio – Por fim, a projeção para a taxa de câmbio ao final de 2021 foi mantida em R$ 5,10, de R$ 5,30 já um mês, enquanto para 2022 permaneceu em R$ 5,20 pela segunda semana. Para 2023, a cotação do dólar em relação ao real caiu de R$ 5,10 para R$ 5,05. Por fim, para 2024, o mercado manteve a projeção para o câmbio em R$ 5,00.

Saldo comercial – Os economistas consultados pelo Banco Central elevaram a previsão para o superávit da balança comercial brasileira em 2021 pela segunda semana seguida, para US$ 68,8 bilhões, de US$ 68,7 bilhões antes, de acordo com o relatório de mercado Focus. Para 2022, a estimativa de saldo comercial positivo foi reduzida de US$ 60,35 bilhões para US$ 60 bilhões. Para 2023 as previsões foram cortadas de US$ 63,38 bilhões para US$ 61,08 bilhões. Já para 2024, a projeção caiu de US$ 64,15 bilhões e US$ 61,20 bilhões.

Conta corrente – Em relação ao saldo da conta corrente, a previsão para 2021 passou de -US$ 540 milhões para -US$ 270 milhões; para 2022, a previsão foi mantida em -US$ 18,51 bilhões; para 2023, a projeção passou -US$ 22 bilhões para -US$ 22,5 bilhões, e em 2024, a previsão de saldo negativo das transações correntes passou de -US$ 0 bilhões para -US$ 41 bilhões.

Investimento estrangeiro – Por fim, a previsão para o ingresso de recursos externos no âmbito do Investimento Direto no País (IDP) em 2021 foi reduzida a US$ 58 bilhões, de US$ 58,15 bilhões na semana anterior. Para 2022, 2023 e 2024, as projeções foram elevadas para US$ 69,75 bilhões, US$ 72 bilhões e US$ 77,90 bilhões, de US$ 66,99 bilhões, US$ 70 bilhões e US$ 71,82 bilhões, respectivamente.