O relatório mensal de petróleo da Agência Internacional de Energia (AIE), divulgado hoje, mantém a previsão de aumento de demanda da commodity em 2,2 milhões de barris de petróleo por dia (bpd) em 2023, que ficará em 101,8 milhões de bpd.
Segundo o relatório, essa demanda será devida ao aumento da procura pela China, do combustível de aviação e das matérias-primas de origem petroquímica.
“A extensão dos cortes de produção por parte da Arábia Saudita e da Rússia até ao final do ano irá travar um déficit de mercado substancial até o quarto trimestre de 2023. Até agora, este ano, a produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) caiu 2 milhões de bpd, com perdas globais atenuadas por fluxos iranianos acentuadamente mais elevados”, diz um trecho do documento.
Ainda segundo a AIE, a oferta não-Opep+ aumentou 1,9 milhões de bpd, para um recorde de 50,5 milhões de bpd em agosto. A oferta mundial em 2023 aumentará 1,5 milhões de bpd, sendo os Estados Unidos, o Irã e o Brasil as principais fontes de crescimento.
Do lado dos estoques globais de petróleo, a AIE informa que eles caíram em 76,3 milhões de toneladas, atingindo o menor nível em 13 meses em agosto. Já os estoques de petróleo não pertencentes à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 20,8 milhões de bpd, com a maior redução registada na China, enquanto os estoques da OCDE diminuíram 3,2 milhões de bpd.
