São Paulo, 8 de agosto de 2022 – As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus elevaram de 5,33% para 5,36% a previsão para a inflação medida pelo Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023.
A previsão de inflação nos preços administrados – que são controlados por contrato ou pelo poder público – aumentou de 7,08% para 7,10%, enquanto a projeção para a inflação medida pelo Indice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) seguiu em 4,80%.
Para 2022, as instituições financeiras reduziram de 7,15% para 7,11% a previsão para a inflação medida pelo IPCA. A previsão de inflação nos preços administrados em 2022 diminuiu de -0,75% para -0,92%, enquanto a projeção para a inflação medida pelo IGP-M caiu de 11,34% para 11,28%.
As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus mantiveram em 0,40% a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. A projeção para 2022 aumentou de 1,97% para 1,98%.
As instituições mantiveram em 11,00% a previsão para a taxa básica de juros (Selic) ao final de 2023. Para 2022, a estimativa para a taxa Selic manteve-se em 13,75%. A projeção para a taxa de câmbio em 2023 ficou estável em R$ 5,20 por dólar e inalterada em R$ 5,20 para 2022.
Balança comercial
As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus mantiveram a previsão de superávit comercial em 2023 em US$ 60,00 bilhões, mesmo valor observado na semana passada. A balança comercial mede o resultado das vendas de bens ao exterior (exportações), menos as compras de bens do exterior (importações).
A previsão para o saldo em conta corrente – que reúne os resultados das transferências e das balanças comercial, de serviços e de renda – foi de déficit de US$ 30 bilhões, superior ao saldo negativo de US$ 29,00 bilhões observado na semana anterior.
A estimativa para o investimento direto em 2023 subiu para US$ 61 bilhões, comparada à projeção de US$ 60,5 bilhões da semana passada.
As instituições mantiveram a previsão de déficit primário em 2023 em 0,30% do Produto Interno Bruto (PIB), mesmo valor observado na semana passada. O resultado primário equivale à diferença entre a receita e a despesa pública, sem considerar os gastos referentes à dívida do governo – como as despesas com o pagamento de juros.
A previsão para o resultado nominal – a diferença entre as receitas e as despesas do governo, inclusive aquelas relacionadas à dívida pública – foi de déficit de 7,70% do PIB, igual ao saldo negativo de 7,70% do PIB observado na semana anterior.
A estimativa para a dívida líquida do setor público em 2023 caiu para 63,70% do PIB, comparada à projeção de 63,80% do PIB da semana passada.
Dylan Della Pasqua/ Agência CMA
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