São Paulo – Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) revisaram a previsão do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao fim deste ano pela décima semana seguida, passando de 3,98% para 4,60%. Há um mês, a projeção era de +3,62%. Para 2022, a estimativa foi mantida em 3,50% pela segunda vez.
Já em 2023 e 2024, as projeções foram mantidas em +3,25%, respectivamente, há 35 e há sete semanas. Ainda no âmbito da inflação oficial, a estimativa para os próximos 12 meses avançou de 3,84% para 4,27%, de 3,71% há um mês.
A previsão para a taxa básica de juros (Selic) ao fim deste ano também subiu, de 4,00% para 4,50%. Há um mês, o mercado previa 3,75%. Já para os próximos anos, as projeções foram mantidas, sendo em 5,50% para 2022; e em 6,00% há 20 e 52 semanas, nesta ordem, para 2023 e 2024.
Para a taxa de câmbio ao fim de 2021, os analistas revisaram pela quarta vez seguida, passando de R$ 5,15 para R$ 5,30, de R$ 5,01 há um mês. Para 2022, a estimativa subiu pela terceira semana, de R$ 5,13 para R$ 5,20. Já em 2023, a cotação do dólar em relação ao real ficou em R$ 5,00 pela segunda vez, de R$ 4,90 um mês atrás. Enquanto para 2024, o mercado seguiu com a projeção de R$ 5,00 para a taxa de câmbio pela segunda semana, de R$ 4,90 quatro semanas antes.
Por fim, em relação às expectativas para a atividade econômica, o mercado financeiro revisou para baixo pela segunda semana seguida a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano, passando de 3,26% para 3,23%. Há um mês, a projeção era de crescimento de 3,43%. Para 2022, a projeção caiu pela segunda vez, de 2,48% para 2,39%. Enquanto para os demais anos, 2023 e 2024, a estimativa de crescimento econômico foi mantida em 2,50%, cada, há 106 e 53 semanas, respectivamente.
BALANÇA COMERCIAL
Os economistas consultados pelo Banco Central mantiveram a previsão para o superávit da balança comercial brasileira em 2021 em US$ 55,0 bilhões, interrompendo três semanas seguidas de cortes. A manutenção das projeções de saldo comercial estende-se por todo o horizonte abrangido pela pesquisa.
Para 2022, a estimativa de saldo comercial positivo foi mantida em US$ 50 bilhões pela terceira semana seguida, enquanto para 2023 a previsão ficou em US$ 58,5 bilhões, interrompendo sete semanas de alta. Para 2024, a previsão de superávit comercial permaneceu em US$ 60,0 bilhões pela segunda semana seguida.
Em relação ao saldo da conta corrente, a previsão para 2021 passou para déficit de US$ 11,0 bilhões, de -US$ 12,5 bilhões na semana anterior; para 2022, a previsão foi mantida em -US$ 19,7 bilhões; para 2023, passou de -US$ 20,5 bilhões para -US$ 15,0 bilhões, e em 2024, a previsão de saldo negativo das transações correntes passou de -US$ 31,3 bilhões para US$ 22,9 bilhões.
Por fim, a previsão para o ingresso de recursos externos, no âmbito do Investimento Direto no País (IDP), permaneceu em US$ 52,5 bilhões para 2021 e caiu de US$ 61,9 bilhões para US$ 60,0 bilhões para 2022. Em relação a 2023, a projeção foi mantida em US$ 70 bilhões, euqnato para 2024 caiu de US$ 71,1 bilhões para US$ 70,55 bilhões.