São Paulo — A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou que 2021 deve ser o ano da recuperação econômica, mas ela deve ocorrer em duas fases: a primeira mais lenta e incerta e a segunda com reajustes para a nova economia.
Lagarde também reafirmou que o principal objetivo do banco é oferecer apoio e financiamento para os negócios e cidadãos da Zona do Euro pelo tempo que for necessário.
“2021 será o ano da recuperação, mas isso deve acontecer em fases distintas. A primeira dela deve ser mais lenta e incerta, com as vacinações acontecendo e os bloqueios ainda ocorrendo”, afirmou ela em videoconferência para o Fórum Econômico Mundial de Davos.
Segundo Lagarde, durante a primeira parte da recuperação, é essencial que o BCE continue fornecendo apoio fiscal suficiente para que negócios se mantenham durante a parte mais lenta da saída da crise.
Na segunda parte da recuperação, porém, a presidente do banco destacou que o órgão deve continuar com o apoio, dessa vez com o objetivo de fortalecer a economia para os novos moldes pós-crise.
“Quando começarmos a reabertura real, devemos estar preparados para uma nova economia”, afirmou Lagarde. “Essa economia será mais digital, com o modo de trabalho reinventado e as mudanças climáticas como prioridade”.
Ela destacou também que vários negócios que sofreram com a crise pandêmica devem se transformar irreversivelmente ou, até mesmo, acabarem por completo. “Será preciso muito suporte para a reinvenção de vários setores”.
Por fim, Lagarde assegurou que, apesar dos caminhos que a recuperação deve trazer, o BCE deve continuar com o mantra exposto na reunião de dezembro: irá oferecer o apoio necessário para a economia até que seja visto nela a capacidade de caminhar sozinha.