Príncipe saudita diz que desconexão no mercado de petróleo pode forçar ação da Opep

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São Paulo – O Ministro de Energia da Arábia Saudita, príncipe Abdulaziz bin Salman, disse que a desconexão entre o mercado futuro e a oferta de petróleo pode forçar uma ação da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, grupo conhecido como Opep+.

Em entrevista à Bloomberg, o príncipe Abdulaziz apontou que a Opep+ tem o compromisso, a flexibilidade e os meios dentro dos mecanismos existentes da Declaração de Cooperação para lidar com tais desafios, incluindo o corte da produção a qualquer momento e de diferentes formas.

“Em breve começaremos a trabalhar em um novo acordo para além de 2022 que se baseará em nossas experiências, conquistas e sucessos anteriores”, disse o príncipe à Bloomberg, em trecho replicado pela agência estatal saudita (SPA).

“Estamos determinados a tornar o novo acordo mais eficaz do que antes. Testemunhar essa recente volatilidade prejudicial perturbar as funções básicas do mercado e minar a estabilidade dos mercados de petróleo só fortalecerá nossa determinação”, completou.

Para o príncipe Abdulaziz, os preços futuros não refletem os fundamentos subjacentes da oferta e da demanda, o que pode exigir que o grupo aperte a produção quando se reunir no próximo mês para considerar as metas de produção. Os sauditas são a maior nação produtora de petróleo da Opep+ e é sem dúvida o ator mais importante na aliança.

Em julho, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, visitou a Arábia Saudita numa tentativa de fazer com que o principado aumentasse sua produção diária de petróleo em meio à subida de preços da commodity.

Após seu encontro com o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman, Biden disse que eles realizou alguns “negócios significativos”. Separadamente, ele dizia estar confiante de que as autoridades sauditas apoiariam o aumento a oferta de petróleo “nas próximas semanas”, o que não ocorreu.