Prio faz acordo com a Petrobras e inicia operação de comercializadora de gás com produção de cerca de 300 mil m3 por dia

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São Paulo, 2 de janeiro de 2025 – A Prio anunciou hoje (2/1) o início oficial da comercialização de gás diretamente ao mercado, com uma produção de cerca de 300 mil metros cúbicos (m3) por dia. A empresa prevê aumento expressivo da produção de gás natural com o início da produção no campo de Wahoo, no Espírito Santo, saltando para mais de 1 milhão m3 por dia. O movimento acompanha a estratégia de verticalização da empresa, de estar à frente de todas as etapas que envolvem a comercialização, desde a produção até a entrega para os clientes finais.

A operação passará a usar o Sistema Integrado de Escoamento da Bacia de Campos (SIE-BC) e se transformará em diferentes produtos na Unidade de Processamento de Gás Natural de Cabiúnas (UTGCAB), ambas infraestruturas operadas pela Petrobras. Por fim, será negociado com diferentes empresas. Uma vez vendido, o produto ser transportado através de duas malhas de transporte que têm origem em Cabiúnas, Macaé, TAG e NTS.

A estratégia da empresa visa garantir o fluxo contínuo sem afetar a produção de óleo. Segundo Gustavo Hooper, Head de Trading e Shipping da Prio, a área tem tido conversas com vários agentes como indústrias, distribuidoras e usinas térmicas a gás para construir um portfólio que garanta a segurança de fluxo com maior retorno para a empresa.

Além de negociarmos nosso próprio gás, estamos prontos para comercializar o de outras companhias e estamos abertos a trabalhar com todas as empresas do setor. Para nós, é uma oportunidade se abrir a um mercado promissor tendo acesso à rede que leva Gás Natural para muitas regiões do Brasil, conta Hooper. Criar a comercializadora para acessar o mercado livre de gás natural e de seus derivados, foi uma decisão estratégica importante para a Prio. Combina o momento em que a produção está crescendo de maneira significativa e que o mercado está em franco desenvolvimento.

Wahoo potencializa a produção de gás

O acesso à infraestrutura para atendimento aos clientes finais irá ocorrer no início de 2025 e a construção do portfólio de venda servirá como preparação para entrada do volume mais significativo vindo de Wahoo, destaca Gustavo.

O projeto de Wahoo contará com um tieback submarino de 35 quilômetros, sendo o maior da América Latina, e deve chegar a produzir até 40 mil barris de óleo e mais de 1milhão de metros cúbicos de Gás por dia, gerando mais de R$ 3 bilhões de royalties para o Estado (ES) e União. A empresa aguarda o licenciamento ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para iniciar a perfuração dos poços. Antes mesmo do início da operação do campo, o projeto já movimenta mais de R$ 1 bilhão em investimentos na cadeia de suprimentos local. Ao todo, a Prio está investindo cerca de R$ 4,5 bilhões, cerca de 80% deste valor em contratações e desenvolvimento de empresas fornecedoras.

Acordo com a Petrobras

A Petrobras informou que firmou um acordo com a Prio para permitir à operadora acessar o Sistema Integrado de Escoamento de gás natural da Bacia de Campos (SIE-BC) e a Unidade de Tratamento de Gás de Cabiúnas (UTGCAB). Com a celebração dos contratos, a Prio poderá utilizar a malha de gasodutos para escoar e processar o gás natural proveniente dos campos de Frade, onde a empresa detém 100% de participação, e Albacora Leste, com 90% de participação, localizados na Bacia de Campos. Os contratos entraram em operação comercial no dia 1 de janeiro de 2025.

Com essa medida, a Petrobras cumpre com as disposições da Lei do Gás, possibilitando o acesso negociado às infraestruturas de escoamento e processamento. “A companhia tem a preocupação de contribuir com o fortalecimento de um mercado de gás natural aberto, sustentável e competitivo, com diversidade de agentes em todos os elos da cadeia”, afirmou o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim.

Além da PRIO, a companhia já possui contratos para compartilhamento de infraestruturas de escoamento e processamento com outras nove produtoras nas Bacia de Santos (SP e RJ), Bacia de Campos (RJ), Polo Catu (BA) e Polo Cacimbas (ES).

Com Emerson Lopes / Safras News

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