São Paulo – A produção de minério de ferro da Vale no quarto trimestre do ano passado caiu 22,4% em relação ao mesmo período de 2018, para 78,344 milhões de toneladas, por causa de paradas imprevistas para manutenção e da suspensão da disposição de rejeitos nas barragens Itabiruçu e Laranjeiras. Na comparação com o terceiro trimestre, a produção também caiu, em 9,6%.
Em 2019, a produção de minério de ferro da Vale encolheu 21,5%, para 301,972 milhões de toneladas. A empresa atribuiu a queda à interrupção nas operações decorrente do rompimento da barragem de Brumadinho, no início do ano, e a condições climáticas adversas no primeiro semestre.
Estes efeitos negativos foram parcialmente compensados pelo aumento na produção do S11D, pela redução dos estoques e pela retomada gradual das operações de Vargem Grande, Brucutu e Alegria.
As vendas de minério de ferro da Vale caíram 3,2% no quarto trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, para 77,907 milhões de toneladas.
Na comparação com o terceiro trimestre de 2019, houve aumento de 5,2%. No acumulado de 2019, as vendas diminuíram 12,8%, para 269,306 milhões de toneladas.
A produção de pelotas caiu 40,5% no quarto trimestre em relação ao mesmo intervalo de 2018, para 9,415 milhões de toneladas, e ficou 15,4% abaixo do observado no terceiro trimestre do ano passado. Em 2019, a produção de pelotas caiu 24,4%, para 41,794 milhões de toneladas.
As vendas de pelotas no quarto trimestre de 2019 recuaram 31,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, para 10,966 milhões de toneladas, enquanto na comparação com o terceiro trimestre do ano passado houve queda de 1,0%. Em 2019, a venda de pelotas diminuiu 23,7%, a 43,199 milhões de toneladas.
A Vale disse que, somados, os volumes de vendas de finos de minério de ferro e pelotas atingiu 312,5 milhões de toneladas em 2019, ficando em linha com a projeção anual, que ia de 307 milhões a 312 milhões de toneladas.
A empresa também disse que, somadas, as vendas de minério de ferro e de pelotas somaram 88,9 milhões de toneladas no quarto trimestre do ano passado, subindo 4,4% em relação ao terceiro trimestre, como resultado de redução de estoque.
“A participação de produtos premium totalizou 87% no quarto trimestre. Os prêmios de qualidade de finos e pelotas de minério de ferro atingiram US$ 6,4 por tonelada no quarto trimestre, contra US$ 5,9 por tonelada no terceiro trimestre, principalmente como resultado da maior contribuição do ajuste de pelotas devido aos dividendos sazonais recebidos”, disse a companhia.
A empresa também comentou que as fortes chuvas que atingiram Minas Gerais recentemente devem diminuir a produção no período em 1 milhão de toneladas, mas continua esperando que a produção de finos de minério de ferro atinja entre 340 milhões e 355 milhões de toneladas este ano.
“Os volumes de produção dependerão, principalmente, da concessão de autorizações externas para retomar a produção interrompida, enquanto a conquista do maior nível de produção continua possível, dependendo de várias vantagens que estão sendo exploradas”, afirmou a companhia.
A Vale disse também que, por causa da menor disponibilidade de feeds de pelotas e da suspensão da disposição de rejeitos na barragem de Laranjeiras, a empresa reduziu a previsão de produção deste produto em 2020 de 49 milhões para 44 milhões de toneladas, enquanto a estimativa de produção de finos de minério de ferro no primeiro trimestre deste ano passou para a faixa de 63 milhões a 68 milhões de toneladas.
“As estimativas mencionadas acima não consideram efeitos de segunda ordem da epidemia de coronavírus, que, no momento da redação deste documento, parecem ser acomodados apenas por meio de alterações de preço”, acrescentou a companhia.