São Paulo, 9 de março de 2022 – A produção industrial brasileira caiu 2,4% em janeiro em relação a dezembro, depois de ter subido 2,9% no mês anterior na mesma base de comparação. O resultado veio acima da previsão de queda de 2,0%, conforme mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA.
Já em relação a janeiro de 2021, houve queda de 7,2%, sendo a quinta consecutiva deste indicador, também acima da estimativa de -6,35% coletadas pela CMA. No acumulado de 12 meses, a alta foi de 3,1%.
A queda observada em janeiro (2,4%) atingiu todas as quatro grandes categorias econômicas, além de 20 dos 26 ramos pesquisados.
Entre as atividades pesquisadas, as principais influências negativas vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (-17,4%) e indústrias extrativas (-5,2%). Bebidas (-4,5%), metalurgia (-2,8%), outros produtos químicos (-2,2%), máquinas e equipamentos (-2,3%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-5,4%), produtos de metal (-3,3%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-4,5%) e produtos de minerais não-metálicos (-2,4%).
Já coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,5%) e produtos alimentícios (1,4%) foram os destaques positivos.
Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação a dezembro, bens de consumo duráveis (-11,5%) e bens de capital (-5,6%), bens intermediários (-1,9%) e bens de consumo semi e não-duráveis (-0,5%) tiveram influência direta no resultado.
Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral da indústria subiu 0,1% no trimestre encerrado em janeiro de 2022 frente ao nível do mês anterior, quando cresceu 0,8%, interrompendo trajetória queda observada desde janeiro de 2021.
Entre as grandes categorias econômicas, bens de capital, bens de consumo duráveis e bens intermediários caíram 1,2%, 0,9% e 0,2%, respectivamente. A única categoria que apresentou resultado positivo foi a de bens de consumo semi e não-duráveis (0,3%).
Já na comparação com janeiro de 2021, todas as quatro grandes categorias econômicas apresentaram taxas negativas: bens de consumo duráveis (-25,8%), bens de consumo semi e não-duráveis (-8,4%), bens de capital (-8,1%) e bens intermediários (-5,0%).
Paulo Holland / Agência CMA
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