Por: Olívia Bulla
São Paulo – A produção industrial brasileira caiu pelo terceiro mês consecutivo em julho, em -0,3% em relação a junho, acumulando, assim, queda de 1,2% no período. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda contrariou a previsão de alta de 0,50%, conforme mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA.
Na comparação anual, a produção industrial brasileira recuou 2,5%, na segunda queda consecutiva, nesse tipo de confronto. A queda é maior que a previsão de -1,00%, ainda conforme o Termômetro CMA. Com o resultado, a indústria nacional acumula quedas de 1,7% no ano e de -1,3% nos últimos 12 meses, até julho.
Segundo o instituto, 11 das 26 atividades pesquisadas apresentaram variações negativas na produção, em base mensal, com perdas em duas das quatro grandes categorias econômicas. Entre os destaques, a produção de outros produtos químicos (-2,6%), bebidas (-4,0%) e produtos alimentícios (-1,0%) foram as principais influências negativas.
Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação a junho, os setores produtores de bens intermediários (-0,5%) e de bens de capital (-0,3%) caíram, ambos pela segunda vez seguida. Já a produção de bens de consumo subiu 0,8%, sendo +0,5% para bens duráveis e +1,4% para os semi e não duráveis.
Na comparação com julho de 2018, houve resultado negativo em apenas uma das quatro grandes categorias econômicas, atingindo 15 das 26 atividades pesquisadas. Entre as atividades, as indústrias extrativas exerceram a maior influência negativa, -8,8%, seguida por produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-5,9%) e produtos alimentícios (-2,3%).