Produção industrial sobe 0,1% em outubro ante setembro; projeção era de +0,5%

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São Paulo – A produção industrial brasileira teve alta de 0,1% em outubro ante setembro, depois de ter subido 0,4% no mês imediatamente anterior. O resultado ficou abaixo das projeções de +0,5%, conforme mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA.

Já em relação a outubro de 2022, houve alta de 1,2% ante estimativa de +1,8% coletada pela CMA. O índice apresentação variação nula tanto no acumulado do ano quanto em 12 meses.

Uma das quatro grandes categorias econômicas e 14 dos 25 ramos industriais pesquisados mostraram expansão na produção. Entre as atividades, a influência positiva mais importante foi assinalada por produtos alimentícios, que avançou 1,6% em outubro de 2023, após recuar 0,2% no mês anterior, quando interrompeu dois meses consecutivos de expansão na produção, período em que acumulou ganho de 1,6%.

Outras contribuições positivas sobre o total da indústria vieram de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (3,7%), de máquinas e equipamentos (2,4%), de produtos de metal (2,3%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (0,9%), de bebidas (1,6%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (2,3%) e de produtos de borracha e de material plástico (1,3%).

Por outro lado, entre as onze atividades que apontaram redução na produção, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,4%) e indústrias extrativas (-1,1%) exerceram os principais impactos em outubro de 2023, com a primeira interrompendo três meses consecutivos de crescimento na produção, período em que acumulou expansão de 2,0%; e a segunda eliminando parte do avanço de 5,9% assinalado no mês anterior. Vale destacar também os recuos assinalados em equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-2,6%) e de impressão e reprodução de gravações (-5,8%).

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens intermediários (0,9%) apontou a única taxa positiva em outubro de 2023, após também avançar em setembro (0,6%), quando interrompeu quatro meses consecutivos de recuo na produção, período em que acumulou perda de 1,2%.

Por outro lado, o setor produtor de bens de consumo duráveis (-2,4%) assinalou a queda mais intensa nesse mês e marcou o segundo mês seguido de recuo na produção, período em que acumulou redução de 6,7%. Os segmentos de bens de capital (-1,1%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-0,3%) também mostraram resultados negativos em outubro de 2023, com ambos apontando a segunda taxa negativa consecutiva e acumulando nesse período perdas de 3,2% e 2,1%, respectivamente.