São Paulo – A produção industrial brasileira teve alta de 0,1% em setembro ante agosto, depois de ter subido 0,4% no mês imediatamente anterior. O resultado ficou em linha com as projeções de +0,1%, conforme mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA.
Já em relação a setembro de 2022, houve alta de 0,6% ante estimativa de +0,8% coletada pela CMA. No ano, o índice acumula queda de 0,2% e estabilidade no acumulado de 12 meses.
Uma das quatro grandes categorias econômicas e cinco dos 25 ramos industriais pesquisados mostraram expansão na produção. Entre as atividades, a influência positiva mais importante veio de indústrias extrativas, que avançou 5,6% no mês, após acumular perda de 5,6% no período julho-agosto de 2023. Outras contribuições positivas relevantes sobre o total da indústria vieram de produtos químicos (1,5%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,5%).
Por outro lado, produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-16,7%), máquinas e equipamentos (-7,6%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,1%) exerceram os principais impactos negativos, com a primeira interrompendo dois meses de alta, período em que acumulou ganho de 30,2% e as duas últimas voltando a recuar após os avanços no mês anterior: 4,9% e 5,7%,
respectivamente.
Entre as grandes categorias econômicas, bens intermediários (0,3%) foi a única taxa positiva em setembro de 2023 e interrompeu quatro meses consecutivos de queda, período em que acumulou perda de 1,4%. Por outro lado, o setor de bens de consumo duráveis (-4,3%) assinalou a queda mais intensa nesse mês e eliminou parte do avanço de 7,9% registrado em agosto. Os segmentos de bens de capital (-2,2%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-1,4%) também mostraram resultados negativos, com o primeiro voltando a recuar após crescer 4,5% no mês anterior; e o segundo eliminando parte da expansão de 4,1% verificada no período junho-agosto de 2023.