Produção industrial sobe 1,1% em dezembro ante novembro; projeção era de +0,2%

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São Paulo – A produção industrial brasileira teve alta de 1,1% em dezembro ante novembro, depois de ter subido 0,5% no mês imediatamente anterior. O resultado ficou acima das projeções de +0,2%, conforme mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA.

Já em relação a dezembro de 2022, houve alta de 1,0% ante estimativa de +0,2% coletada pela CMA. O índice terminou 2023 com elevação de 1,0%.

Ao avançar 1,1% em dezembro de 2023, frente ao mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal, o setor industrial marcou o quinto mês consecutivo de crescimento na produção, período em que acumulou expansão de 2,5%. Com esses resultados recentes, a produção industrial ultrapassa o patamar pré-pandemia (0,7% acima de fevereiro de 2020); mas ainda se encontra 16,3% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.

Entre as atividades, as influências positivas mais importantes vieram indústrias extrativas (2,2%), produtos alimentícios (2,1%) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (14,5%).

Indústrias extrativas registram o segundo mês seguido de avanço na produção, período em que acumulou ganho de 5,9%. Produtos Alimentícios, acumula expansão de 9,1% em seis meses consecutivos de crescimento. E confecção de artigos do vestuário e acessórios eliminou o recuo de 1,3% verificado no mês anterior.

Outras contribuições positivas relevantes sobre o total da indústria vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (10,4%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (2,4%), de produtos de metal (3,1%), de outros equipamentos de transporte (5,7%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (3,2%) e de produtos diversos (6,1%).

Por outro lado, entre as dez atividades que apontaram redução na produção, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,6%) e produtos químicos (-5,1%) exerceram os principais impactos em dezembro de 2023, com ambas eliminando os avanços registrados no mês anterior: 0,6% e 0,1%, respectivamente. Vale destacar também os recuos assinalados pelos ramos de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-8,2%) e de bebidas (-2,2%).

Entre as grandes categorias econômicas, ainda frente ao mês imediatamente anterior, bens de consumo duráveis apontou a maior alta (6,3%) em dezembro de 2023 e interrompeu três meses consecutivos de queda na produção, período em que acumulou perda de 8,9%.

Os segmentos de bens intermediários (1,3%) e de bens de consumo semi e não duráveis (0,1%) também assinalaram taxas positivas nesse mês, com o primeiro registrando expansão de 4,7% em quatro meses consecutivos de avanço na produção; e o último marcando o segundo mês seguido de crescimento, período em que acumulou ganho de 0,3%.