São Paulo, 2 de fevereiro de 2021 – A produção industrial brasileira cresceu pelo oitavo mês seguido, em +0,9% em dezembro em relação a novembro, acumulando alta de 41,8% no período e eliminando a perda de 27,1% registrada entre março e abril, sob impacto da pandemia de coronavírus, quando a atividade atingiu o nível mais baixo da série histórica. O resultado mensal contrariou a previsão de queda de 0,20%, conforme mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA.
Já na comparação anual, a produção industrial brasileira registrou o quarto resultado positivo consecutivo, de +8,2%. O resultado ficou acima da mediana das expectativas, de +5,00%, ainda conforme o Termômetro CMA. Porém, a indústria nacional encerrou 2020 acumulando perdas de 4,5%, no segundo ano seguido de queda, após recuar 1,1% em 2019. Apenas no quarto trimestre do ano passado, o setor avançou 3,4% em relação a igual período do ano anterior. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Mesmo com o desempenho positivo nos últimos meses, a indústria nacional ainda se encontra 13,2% abaixo do topo recorde, alcançado em maio de 2011. A abertura do dado mensal mostra que houve alta em 17 das 26 atividades pesquisadas, com avanço em três das grandes categorias. Entre elas, as principais influências positivas foram metalurgia (+19,0%); veículos automotores, reboques e carrocerias (+6,5%) e indústrias extrativas (+3,7%).
Por outro lado, destaque para a queda em produtos alimentícios (-4,4%), no terceiro resultado negativo seguido (-11% no período). Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação a novembro, apenas bens de consumo semi e não-duráveis caíram (-0,5%), enquanto bens de capital e bens de consumo duráveis avançaram 2,4%, cada; e bens intermediários, +1,6%.
Já no confronto com igual mês do ano anterior, o setor industrial registrou resultados positivos em todas as quatro grandes categorias econômicas e em 19 dos 26 ramos pesquisados. O IBGE observa que dezembro de 2020 teve um dia útil a mais que o mesmo mês do ano anterior, totalizando 22 dias.
Entre as atividades, as de produtos de metal (+23,6%) e de borracha e de material plástico (+18,6%) exerceram a maior influência positiva. Na outra ponta, destaque para a queda em indústrias extrativas (-3,9%). Entre as quatro grandes categorias econômicas, bens de capital subiram 35,4%; bens intermediários avançaram 8,2%; bens de consumo duráveis cresceram 14,1% e bens de consumo semi e não duráveis tiveram alta de 1,8%.
