Produção total no Brasil e exterior da Petrobras cresce 3,7%, para 2,8 mi de boed no 1T24

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São Paulo – A produção no Brasil e no exterior de petróleo, líquido de gás natural (LGN) e gás natural da Petrobras alcançou 2,776 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) no primeiro trimestre deste ano, alta de 3,7% na comparação anual e queda de 5,4% na comparação com o trimestre anterior. Dentre os principais fatores para a variação anual, a companhia destaca o ramp-up dos FPSOs Almirante Barroso, P-71, Anna Nery, Anita Garibaldi e Sepetiba, além da entrada em produção de 19 novos poços de projetos complementares nas Bacias de Campos (11) e Santos (8).

Na comparação com o 4T23, a produção foi menor em 5,4% devido, principalmente, ao maior volume de perdas por paradas e manutenções, dentro do previsto no Plano Estratégico 2024-28 (PE 2024-28), e ao declínio natural de campos maduros. Esses efeitos foram parcialmente compensados pela maior contribuição dos FPSOs Almirante Barroso (campo de Búzios) e P-71 (campo de Itapu), após atingirem o topo de produção durante o 4T23, e pelo ramp-up dos FPSOs Sepetiba (campo de Mero) e Anita Garibaldi (campos de Marlim, Voador e Espadim).

No Brasil, a produção foi de 2,742 milhões de boed, crescimento de 3,9% na comparação com o mesmo período de 2023 e recuo de 5,5% ante o 4T23. No exterior, a produção foi de 33 milhões de boed, baixa de 8,3% e de 2,9% nas mesmas bases de comparação.

No pré-sal, onde a empresa é dona natural e tem como foco, a estatal produziu 1,857 milhão de barris por dia (bpd), alta de 9,1% na comparação anual e 4,1% abaixo do 4T23. O recuo trimestral é devido, principalmente, ao maior volume de perdas por paradas e manutenções, efeito parcialmente compensado pela maior contribuição dos FPSOs Almirante Barroso e P-71, pelo ramp-up do FPSO Sepetiba e pela entrada em produção de 2 novos poços de projetos complementares no campo de Tupi, na Bacia de Santos.

A produção nos campos do pós-sal e ultra profundo diminuiu 10,4% e 11,6% na base anual e trimestral, e atingiu 343 mil bpd no período. O recuo trimestral ocorreu, principalmente em função do maior volume de perdas com paradas e manutenções e do declínio natural de produção, fatores parcialmente compensados pelo ramp-up do FPSO Anita Garibaldi.

No segmento de Refino, o volume total de vendas no mercado interno caiu 2,9% em relação ao 1T23 e 4,9% na comparação trimestral, para 1,648 milhão de bpd, principalmente no que diz respeito ao diesel e gasolina.

A redução de 7,6% nas vendas de diesel foi influenciada pela sazonalidade no consumo, que diminui durante os primeiros meses do ano devido à redução da atividade econômica nesse período. Além disso, houve um aumento no teor mínimo de mistura obrigatória de biodiesel, que passou de 12% para 14% em março de 2024. As menores vendas de gasolina, com queda de 5,2% em relação ao 4T23, ocorreram devido à sazonalidade típica, com pico de consumo no último trimestre de cada ano, além da perda de participação do derivado para o etanol hidratado no abastecimento dos veículos flex entre os trimestres. Por outro lado, as vendas de QAV aumentaram 1,9% devido a fatores sazonais associados ao período de férias.

O volume total de vendas no Brasil e exterior no 1T24 foi de 2,917 milhões de bpd, 4,6% inferior na comparação anual e 5% abaixo do 4T23, sendo 2,031 milhões de bpd no mercado interno, quedas de 4,4% e 5,6% nas mesmas bases de comparação, e 886 mil bpd no mercado externo, baixas anual e trimestral de 5,1% e 3,8%, respectivamente.

Ainda na área de refino, o volume de produção total de derivados foi 1,753 milhão de bpd no período, alta anual de 6,1%, porém, 2,5% inferior ao 4T23. A participação de diesel, gasolina e QAV em relação à produção total foi de 67% no 1T24, em linha com o mesmo período no ano anterior. O fator de utilização total (FUT) do parque do refino continua elevado, atingindo 92% no 1T24, 7 p.p. acima do 1T23 e 2 p.p. abaixo do 4T23, mesmo com importantes paradas programadas na Repar e na Replan.

No 1T24 os óleos do pré-sal representaram 67% da carga processada no Refino, 2 p.p. acima do 4T23, contribuindo para uma atividade de refino mais sustentável e alto rendimento de diesel, gasolina e QAV.

No período, as exportações líquidas somaram 503 mil bpd, reduções de 19% e 3,3% ante 4T23 e 1T23, com a importação de 344 mil bpd no trimestre, recuo de 6,3% quando comparado ao mesmo período do ano anterior e 30.3% acima do 4T23, e exportação de 848 mil bpd, 4,2% e 4,4% abaixo do 4T23 e do 1T24.

No 1T24 as exportações reduziram 4,2% em relação ao 4T23 devido a menores exportações de derivados, com destaque para a gasolina principalmente pela realização de operações de troca de qualidade no 4T23, além das paradas de manutenção no 1T24. Esse movimento foi parcialmente compensado pelo aumento da exportação de petróleo, refletindo a menor necessidade de processamento de óleo nas refinarias.

Houve aumento das importações de petróleo e derivados. A importação de diesel aumentou no 1T24 em relação ao 4T23 devido à necessidade de recomposição de estoques em função de paradas de manutenção.