São Paulo – O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China este ano, uma vez segue em recuperação ante os impactos da pandemia do novo coronavírus.
A previsão para o crescimento da economia da China neste ano subiu para 1,9%, ante projeção anterior de alta de 1,0%, divulgada em junho. Para o ano que vem, a projeção ficou inalterada em 8,2%. Em 2019, a economia chinesa cresceu 6,1%.
“O retorno da China para o crescimento foi mais forte do que o esperado”, diz o relatório. “Depois de bloqueios aliviados no início de abril, investimento público ajudou a impulsionar a atividade para retornar ao crescimento positivo no segundo trimestre” deste ano.
Segundo o FMI, as perspectivas para a China são muito mais fortes do que para os outros países asiáticos, com a “atividade normalizada mais rápido do que esperado depois que a maior parte do país reabriu no início de abril, e PIB do segundo trimestre surpreendeu positivamente com respaldo de um forte apoio político e de exportações resilientes”.
Além disso, o comércio global começou a se recuperar em junho com bloqueios facilitados, de acordo com o relatório.
“A China é um importante contribuinte. Suas exportações se recuperaram de declínios profundos no início do ano, apoiado por um reinício anterior de atividade e uma forte recuperação da demanda externa por equipamentos médicos e para equipamentos de apoio a mudança para o trabalho remoto”.
Por outro lado, as tensões seguem altas com os Estados Unidos, diz o FMI. “Tensões entre as duas maiores economias do mundo permanecem elevadas em numerosas frentes”.
Por fim, os mercados de ações na China se firmaram desde junho, e passos para apoiar a liquidez em dólares, como linhas de swap do banco central, ajudaram a reacender fluxos de portfólio para alguns mercados emergentes.