Provisão impacta e lucro gerencial do Santander soma R$ 2,1 bi

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São Paulo – O lucro líquido gerencial do Santander Brasil diminuiu 41,2% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 2,136 bilhões. Sem provisão extraordinária de R$ 3,2 bilhões no período, o lucro gerencial foi de R$ 3,8 bilhões.

De acordo com a instituição, a provisão extraordinária no período é em decorrência de cenários de stress causados pela pandemia do coronavírus. No primeiro trimestre do ano, o Santander não fez nenhuma provisão.

O lucro líquido societário, que diferentemente do gerencial inclui resultados extraordinários e a despesa de amortização do ágio ocorrida no período, diminuiu 40,6% na mesma base de comparação, para R$ 2,026 bilhões.

A carteira de crédito ampliada do banco teve alta de 18,4% ao fim do segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo R$ 466,7 bilhões.

As despesas com provisão para devedores duvidosos (PDD) cresceram 18% no segundo trimestre em base anual e aumentaram 11,7% na comparação trimestral, somando R$ 3,334 bilhões. O saldo de PDD atingiu R$ 25,4 bilhões, alta de 37,3% em termos anuais.

O retorno médio antes de imposto sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) excluindo ágio caiu 9,3 pontos porcentuais (pp) no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, para 12%. Excluindo a provisão extraordinária, o retorno médio antes de imposto sobre o patrimônio líquido foi de 21,9%.

O índice de inadimplência acima de 90 dias ficou em 2,4% da carteira de crédito, queda de 18,5 pp em relação a um ano antes.

No primeiro semestre do ano, o Santander Brasil distribuiu o montante de R$ 1,6 bilhão na forma de juros sobre capital próprio (JCP), sendo R$ 890 milhões pagos a partir do dia 26 de junho e R$ 770 milhões pagos a partir do dia 25 de setembro, uma vez que a resolução 4.820/20 do Banco Central (BC) limitou o pagamento de JCP e dividendos ao mínimo obrigatório de 25%.