O presidente da Rússia, Vladimir Putin, falou hoje no Fórum de Negócios dos Brics (grupo composto por Brasil, Rússia, India, China e África do Sul), que acontece de forma virtual. Putin reforçou que os países-membros do bloco vêm estreitando relações e da importância que o grupo adquiriu nos últimos tempos. De forma velada, o mandatário russo deu um recado sobre a guerra na Ucrânia.
“Somente com base em uma cooperação honesta e mutuamente benéfica podemos buscar saídas para a situação de crise que se desenvolveu na economia mundial, devido às ações mal concebidas e egoístas de Estados individuais, que, usando mecanismos financeiros, na verdade, espalham seus próprios erros para todo o mundo na política macroeconômica”.
Putin disse que o potencial econômico do bloco é grande e já é reconhecido internacionalmente. “A cada ano, a autoridade do BRICS e sua influência no cenário mundial aumentam constantemente. Este é um processo objetivo, pois os estados dos ‘cinco’ – e isso é bem conhecido – têm um potencial político, econômico, científico, tecnológico e humano realmente enorme”.
Com o tema “Fortalecendo a parceria Brics de alta qualidade, que está entrando em uma nova era de desenvolvimento global”, o presidente russo reforçou que a resolução dos conflitos, terrorismo, crime organizado e luta contra alterações climáticas só pode ser bem sucedida se for feita de forma unida.
“Estou certo de que, por tradição, o trabalho da atual cúpula de nossa associação será significativo e produtivo, e poderemos realizar uma troca de pontos de vista franca e substantiva sobre todos os problemas globais e regionais mais importantes”.
Putin comentou que os Brics podem contar com o apoio de outros países asiáticos, africanos e da América Latina. “Permitam-me enfatizar que a Rússia está disposta a desenvolver uma cooperação estreita e multifacetada com todos os parceiros da associação e a contribuir para melhorar seu papel nos assuntos internacionais”, concluiu.
O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, fez um discurso breve mais cedo, no qual enfatizou a integração dos países e da força econômica dos seus membros. “O peso crescente das economias emergentes deve ter a devida e merecida representação”.