Racha no PSL na Câmara ressurge na disputa de Rossi e Lira pela presidência

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São Paulo – As divisões internas do PSL na Câmara dos Deputados voltaram a aparecer ontem, depois de o bloco favorável à candidatura do deputado Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Casa afirmar que conseguiu o apoio do partido – informação que foi negada pela direção nacional da sigla.

O apoio do PSL é importante para os candidatos porque o partido é um dos que possuem mais deputados atualmente – 53, se considerados também os que atualmente estão suspensos por decisão da cúpula do PSL.

Até ontem, a expectativa era de que o PSL apoiasse Baleia Rossi (MDB-SP) na eleição para presidente da Câmara em fevereiro. No entanto, parte dos deputados do partido era contra este posicionamento, porque no bloco favorável a Rossi estão partidos da oposição – inclusive o PT, principal adversário político dos deputados do PSL mais ligados ao presidente Jair Bolsonaro.

No final da quinta-feira, o bloco que apoia a candidatura de Lira disse ter conseguido trazer o PSL para o seu campo. Nas redes sociais, o deputado Vitor Hugo (PSL-GO), reforçou a notícia, afirmando ser um “absurdo” o partido trair os eleitores e se vincular a um bloco que contém partidos de oposição.

Lira é o candidato defendido por Bolsonaro para a Câmara, enquanto Rossi é o candidato defendido pelo atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

“Foram 32 deputados federais que assinaram [o apoio ao bloco de Lira] e com isso garantimos então que o PSL vá para o lado certo desta disputa”, disse Vitor Hugo no Twitter.

A direção nacional do PSL, porém, disse que a manifestação dos deputados do partido em prol de Lira “carece de legalidade e fundamento regimental” porque tanto Vitor Hugo quanto outros 16 deputados que assinaram o documento estão suspensos do partido.

Vitor Hugo disse que protocolou consulta para determinar se as assinaturas dos deputados suspensos pelo PSL são válidas para migrar o partido ao bloco de Lira e pediu que a atual Mesa Diretora da Câmara se reúna para discutir o assunto. Ainda não há previsão de manifestação do órgão.