São Paulo – A divulgação do índice de Preços ao Consumidor de janeiro dos Estados Unidos, que será divulgado nesta quinta-feira (10), e os preços da energia podem influenciar para cima a decisão do Federal Reserve (Fed) sobre a taxa de juros. O banco central americano já demonstrou tendência de alta para tentar conter a inflação no país.
Outro fator que aponta a possível alta consecutiva dos juros para os próximos meses nos EUA é a recuperação do mercado de trabalho por lá. Analista acreditam que a alta de 0,5 ponto percentual é quase inevitável.
Na Europa, também é esperado um aumento da taxa de juros já no quarto trimestre. A tensão mundial entre Rússia e Ucrânia mantém alta a volatilidade dos negócios. Cerca de 2 mil empresas, entre EUA e Europa, têm pelo menos um fornecedor direto na Rússia e negócios com a Ucrânia. O impasse na região pode prejudicar ainda mais as cadeias de suprimentos, já atingidas pela pandemia.
Por aqui, a discussão sobre intervir no preço da gasolina ficou mais quente após o ex-presidente Lula afirmar que vai mudar a políticas de preços caso seja eleito. Nos últimos 12 meses, a gasolina subiu 49% e o diesel 48%. Governo ainda tenta passar a PEC dos Combustíveis. O impasse ainda deve continuar influenciando as ações da Petrobras.
As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus, divulgada hoje, mantiveram em 8,00% a previsão para a taxa básica de juros (Selic) ao final de 2023. Atualmente, ela está em 10,75%, o que significa que o mercado espera um incremento de -2,75 ponto porcentual (pp) até o final do ano que vem. Para 2022, a estimativa para a taxa Selic manteve-se em 11,75%.
A projeção para a taxa de câmbio em 2023 ficou estável em R$ 5,50 por dólar, enquanto a estimativa para 2022 manteve-se em R$ 5,60 por dólar. Quatro semanas atrás, a previsão para 2022 era igual, mas a estimativa para 2023 era menor, de R$ 5,45. A previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 foi reduzida de 1,55% para 1,53. A projeção para 2022 ficou estável em 0,30%.
Ainda hoje, A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulga às 10h o resultado das vendas, produção e exportação de veículos referente a dezembro.
No âmbito corporativo, a BB Seguridade distribuirá R$1,8 bilhão em dividendos aos acionistas, correspondente a R$0,92557708284, em valor atualizado até o dia 7 de fevereiro, aos acionistas com posição em 10 de fevereiro.
A BB seguridade anunciou suas projeções para o ano de 2022 e os números realizados em 2021. Em resultado operacional não decorrente de juros (ex-holdings), a seguradora prevê alta de 12% a 17%, ante 5,3% realizado em 2021; em prêmios emitidos pela Brasilseg, avanço de 10% a 15%, de 16,2%; e em reservas de previdência (PGBL e VGBL) da Brasilprev, um aumento de 9% a 13%, de 0,9% no ano passado.
A BB Seguridade apresentou um lucro líquido ajustado de R$ 1,2 bilhão, uma alta de 33,8% em relação ao mesmo período do ano passado, o melhor resultado trimestral já registrado pela companhia desde a realização do seu oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), em abril de 2013.
A Petrobras finalizou na sexta-feira (4/2), a venda da totalidade de sua participação em concessões terrestres e em águas rasas denominadas Polo Alagoas (AL), para a empresa Origem Energia (antiga Petro+) por US$ 300 milhões, sendo US$ 240 milhões recebidos no fechamento da operação.
A estatal petrolífera também chegou a um acordo para as minutas contratuais para a venda de 100% de sua Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN-III), no município de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, com o grupo russo Acron. A assinatura do contrato depende ainda de tramitação na sua governança, após as devidas aprovações governamentais.
A Petrobras alcançou a média de 88% de fator de utilização total (FUT) de suas refinarias nos últimos três meses de 2021. Neste início de fevereiro, chegou próximo a 90%, disse a companhia.
A Braskem informou que comprou participação acionária minoritária na Nexus Circular LLC, empresa que atua em reciclagem avançada que converte plásticos destinados a aterros sanitários em matérias-primas circulares, usadas na produção de plásticos virgens sustentáveis.
