RADAR: Dados da China animam mercados; atenção a Petrobras e Rumo

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São Paulo – A produção industrial da China cresceu em agosto no ritmo mais rápido desde dezembro do ano passado, quando surgiram os primeiros casos de covid-19 no país. Além disso, as vendas do setor varejista chinês cresceram pela primeira vez neste ano.

Estes dois indicadores foram interpretados como um sinal de que a economia da China continua a se recuperar, e de forma mais equilibrada do que nos meses anteriores.

Os dados bastaram para injetar otimismo no mercado mundial, impulsionando as bolsas na Ásia, na Europa e os contratos futuros de índices acionários dos Estados Unidos.

Apesar disso, o clima ainda pode mudar, dada a cautela dos investidores com as decisões de política monetária previstas para os próximos dias – teremos anúncios dos bancos centrais dos Estados Unidos e do Brasil amanhã, e do Banco da Inglaterra na quinta-feira.

Hoje a agenda no Brasil está esvaziada, mas o ministro da Economia, Paulo Guedes, falará em breve sobre reformas e pode comentar sobre a proposta da equipe econômica de financiar o Renda Brasil, programa social do governo Bolsonaro, congelando o valor de aposentadorias e pensões por dois anos.

Em âmbito corporativo, a Rumo antecipou um total de R$ 5,100 bilhões em pagamentos relacionados a outorgas de concessões ferroviárias obtidas por subsidiárias da companhia e que deveriam ser pagos ao longo de quase 30 anos.

A Petrobras revisou a carteira de ativos de exploração e produção da companhia frente à crise provocada pela covid-19 – que diminuiu tanto a demanda quanto os preços do petróleo em escala mundial – e anunciou que diminuirá o volume de investimentos nos próximos anos e que aumentará a lista de ativos que pretende colocar à venda.

Além disso, a Petrobras está negociando com a SBM Offshore – empresa pega no esquema de corrupção trazido à tona pela operação Lava Jato – a contratação de um sexto navio-plataforma a ser instalado no campo de Búzios, na Bacia de Santos.