RADAR DO DIA: Após estresse, bolsas se recuperam; Ata do Copom

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São Paulo, SP – Os índices futuros americanos abriram em alta e as bolsas europeias em queda. Um dia após o estresse causado pela possível recessão nos Estados Unidos, as
bolsas começaram o dia em recuperação. A bolsa japonesa, que caiu 12,4%, fechou nesta
terça-feira (6) com alta de 10,23%. Além do temor com as perspectivas da economia nos EUA, as bolsa japonesa também foi impactada pelo aumento da taxa de juros do Banco do Japão para 0,25% na semana passada, que impulsionou o iene.

O principal índice da B3 caiu ontem 0,46%, aos 125.269,54 pontos. Foi o terceiro pregão
consecutivo em queda. O Ibovespa futuro com vencimento em agosto recuou 1%, aos 125.515 pontos. O giro financeiro foi de R$ 25,3 bilhões.

Na semana passada, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) confirmou a manutenção dos juros, mas o que causou mau humor entre os investidores foi o resultado negativo do relatório de emprego payroll, que trouxe uma forte redução no número de novas vagas, o que pode ser sinal de que a economia dos EUA pode estar entrando em recessão. Por outro lado, os números mais fracos do mercado de trabalho é o sinal que o Fed precisava para iniciar a tão esperada queda de juros no país. A previsão é que até o fim do ano os juros podem recuar até 1%.

Ontem, a presidente Fed de São Francisco, Mary Daly, disse que a política monetária adotada pelo banco central está claramente “funcionando conforme o previsto”, à medida que a economia norte-americana desacelera gradualmente em meio a um mercado de trabalho mais brando. Os riscos para o duplo mandato do Federal Reserve – estabilidade de preços e pleno emprego – estão ficando mais equilibrados, disse ela, ecoando seus colegas que nas últimas semanas transmitiram crescente confiança na volta da inflação para a meta de 2%. Ela reforçou a abordagem do Fed de depender dos dados para definir a política monetária, dizendo que os cortes de taxas eventualmente ocorrerão, embora o tempo e a magnitude dependerão dos dados que chegarem.

Por aqui, hoje pela manhã foi divulgada ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que na ocasião, por unanimidade, manteve a taxa Selic em 10,50% ao ano, pela segunda reunião seguida. Na ata, o Comitê disse que não hesitará em elevar a taxa de juros para assegurar a convergência da inflação à meta se julgar apropriado. De forma unânime, o Comitê avaliou que o momento corrente é de ainda maior cautela e de acompanhamento diligente dos condicionantes da inflação, sem se comprometer com estratégias futuras.

As estratégias adotadas pelo Comitê refletirão o compromisso com o cumprimento da meta de inflação, visando também a reancoragem das expectativas de inflação de modo a
minimizar o custo da desinflação. “O Comitê se manterá vigilante e relembra que eventuais
ajustes futuros na taxa de juros serão ditados pelo firme compromisso de convergência da
inflação à meta”, acrescentou.

Ontem, o boletim Focus, que traz as previsões de instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central do Brasil, apontou uma nova alta para o IPCA neste ano, passando de 4,10% para 4,12%. Para 2025, a previsão subiu de 3,96% para 3,98%. Sobre a taxa Selic, a previsão para 2024 segue em 10,50%. Para 2025, a expectativa para a Selic passou de 9,50% para 9,75%.

Nesta sexta-feira (9) será divulgado o Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho. O Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de julho foi de 0,30%, 0,09 ponto percentual abaixo da taxa de junho (0,39%). Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumulou 4,45%, acima dos 4,06% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2023, a taxa foi de -0,07%.

No setor corporativo, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) concedeu automaticamente o registro da oferta de debêntures da Itaúsa S.A. em 5 de agosto de 2024. A emissão é de 1.300.000 debêntures simples, não conversíveis em ações, com valor unitário de R$ 1.000,00, totalizando R$ 1,3 bilhão. A distribuição é destinada exclusivamente a investidores profissionais e segue o rito de registro automático.

A Prio divulgou sua prévia operacional relativa ao mês de julho. A companhia totalizou produção de petróleo de 67.666 barris de óleo equivalente por dia (boepd), ante 88.200 em junho. Os offtakes (vendas) caíram para 1.843.934 barris (bbl) no mês passado, ante 3.348.571 bbl em junho.

O volume de energia distribuída pela Equatorial alcançou 14.120 megawatts-hora (MWh) no segundo trimestre de 2024, alta de 8,0% em comparação ao mesmo período do ano passado.

A Vamos divulgou ontem o balanço do segundo trimestre de 2024 (2T24), com lucro líquido ajustado de R$ 205,5 milhões, alta de 92,8% em relação ao mesmo período do ano passado (2T23). No primeiro semestre, lucro líquido ajustado chegou a R$ 388,5 milhões, alta de 40,9% em comparação ao primeiro semestre de 2023. O lucro líquido contábil foi de R$ 140,8 milhões, alta de 32,1% em comparação ao segundo trimestre de 2023.O Ebitda Ajustado chegou a R$ 875,7 milhões, alta de 31,6% em relação ao 2T23.

O Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) divulgou uma nota manifestando preocupação com os efeitos da paralisação dos servidores da área ambiental do governo federal, especialmente do IBAMA e defendeu um processo de entendimento entre o governo e servidores para a retomada da normalidade do licenciamento ambiental. O setor alerta para os efeitos negativos para vários projetos já em operação ou em processo de licenciamento prévio, que impactam especialmente os 2.700 municípios mineradores, e o desenvolvimento econômico do país, face à relevância da cadeia mineral tanto para as cadeias de produção brasileira quanto para as exportações.

O volume de energia distribuída pela Equatorial alcançou 14.120 megawatts-hora (MWh) no segundo trimestre de 2024, alta de 8,0% em comparação ao mesmo período do
ano passado. Do total, a Equatorial Goiás distribuiu 4.474 MWh, 10,9% acima do registrado no mesmo intervalo de 2023, enquanto a Equatorial Pará teve alta de 7,3% e distribuiu 2.774 MWh, a Equatorial Maranhão forneceu 2.155 MWh, 11,1% acima, a Equatorial Piauí 1.185 MWh (+11,5%), a Equatorial Alagoas 1.185 MWh (+8,2%) e a distribuidora do Amapá 335 MWh (+18,4%).