RADAR DO DIA: Ata do Fed nos EUA; IBC-Br no Brasil; Focus eleva IPCA pra 2025 e 2026

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Imagem perspectiva mercados
Indicadores da Bolsa de Valores

São Paulo, SP – Os índices futuros americanos e as bolsas europeias abriram em alta. A Bolsa dos Estados Unidos não abre hoje devido ao feriado do Dia dos Presidentes, que
acontece sempre na terceira segunda-feira de fevereiro em homenagem a George Washington, primeiro presidente dos EUA. A semana começa com os investidores de olho na divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), na quarta-feira (19). Na ocasião, o Fed manteve as taxas de juros inalteradas na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano, em decisão unânime, na reunião realizada em 29 de janeiro. Em dezembro, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) havia reduzido a taxa de referência em 0,25 ponto percentual (p.p.).

Na semana passada, Raphael Bostic, presidente do Fed Atlanta, afirmou que não está claro quando o Fed poderá cortar as taxas de juros novamente, dada a incerteza em torno da trajetória da inflação e das possíveis mudanças nas políticas tarifárias e outras medidas da administração Trump. Bostic destacou que os dados recentes mostram um salto na inflação em janeiro, enquanto o governo impõe novas tarifas extensivas sobre metais básicos e outros produtos, criando um ambiente econômico complexo e imprevisível.

Bostic comparou a situação atual a um “nevoeiro” que dificulta a visão sobre o cenário
econômico, sugerindo que o próximo corte de juros pode ocorrer mais tarde do que o esperado. Ele ressaltou que a decisão dependerá de quanto tempo levará para que essa incerteza se dissipe ou se a complexidade aumentará ainda mais, mantendo o cenário obscuro por mais tempo. A abordagem do Fed, portanto, continuará cautelosa e guiada pelos dados, aguardando maior clareza antes de agir.

Por aqui, hoje será divulgado o Indice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que deve recuar 0,40% em dezembro ante novembro, conforme a mediana das projeções coletadas pelo Termômetro Safras. Na comparação com dezembro do ano passado, o indicador deve subir 3,20%. Em base mensal, as projeções de sete instituições financeiras variam entre -0,70% e -0,20% (média de -0,40%). Em termos anuais, as previsões apontadas pelas seis ‘casas’ consultadas vão de 0,68% a 3,70% (média de 2,58%).

Hoje foi divulgado o Indice Geral de Preços – Mercado (IGP-10), que registrou alta de 0,87% em fevereiro, acima do mês anterior, quando havia avançado 0,53%. Com esse resultado, o índice acumula alta de 1,40% no ano e 8,35% nos últimos 12 meses. Em fevereiro de 2024, o IGP-10 havia caído 0,65% no mês e apresentava queda acumulada de 3,84% em 12 meses. Os dados são da Fundação Getúlio Vargas. Em fevereiro, o Indice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) avançou para 1,02%, registrando crescimento expressivo, quando comparado a taxa de 0,57% observada em janeiro. Em fevereiro, o Indice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou taxa de 0,44%, apresentando aceleração em relação ao mês anterior, quando o índice subiu 0,26%.

Na manhã de hoje foi divulgado o boletim Focus com as previsões de instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central do Brasil. Na manhã de hoje foi divulgado o boletim Focus com as previsões de instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central do Brasil. Para o IPCA, a previsão para 2025 avançou de 5,58% para 5,60%. Para 2026, as instituições financeiras elevaram de 4,30% para 4,35% a previsão para a inflação medida pelo IPCA. A meta para a inflação no período é de 3%.

Sobre a taxa Selic, a previsão para 2025 segue 15%. Para 2026, a expectativa para a Selic manteve o mesmo índice da semana passada, de 12,50%. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a previsão recuou de 2,03% para 2,01% em 2025. A projeção para 2026 ficou estável em 1,70%. Sobre o dólar, as cotações para 2025 e 2026 segue em R$ 6, assim como para 2026. A pesquisa Focus manteve a previsão de déficit primário em 2025 em 0,60% do Produto Interno Bruto (PIB).

A semana também trará uma nova leva de balanços do quarto trimestre de 2024, com abrindo com BB Seguridade nesta segunda-feira. Ao longo da semana, também saem os números do Carrefour Brasil, Iguatemi, Pão de Açúcar, Assaí, Banco do Brasil, Gerdau, Metalúrgica Gerdau, Vale, B3, Engie Brasil, Lojas Renner e Rumo.

No setor corporativo, a Raízen informou uma mudança na Diretoria Executiva da Companhia. A partir de 1 de abril de 2025, Geovane Dilkin Consul assumirá a Vice-Presidência de Etanol, Açúcar e Bioenergia, em substituição a Francis Vernon Queen Neto, que passará a ocupar uma nova posição na Companhia.

A Raízen divulgou no balanço do terceiro trimestre da safra 2024/25 (3T25-outubro/dezembro 2024), com prejuízo líquido de R$ 2,57 bilhões, revertendo o lucro líquido de R$ 793,3 milhões registrado no mesmo período da safra 2024/24 (3T24). De abril a dezembro, o prejuízo líquido foi de R$ 1,66 bilhão, revertendo o lucro líquido de R$ 1,49 bilhão alcançado entre abril e dezembro de 2023. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 3,12 bilhões, queda de 20,5% na comparação anual

A Petrobras confirmou presença de óleo com a perfuração do poço 9-BUZ-99D-RJS, localizado na região oeste do campo de Búzios. Trata-se de uma nova acumulação em uma zona inferior ao reservatório principal

A Vale está avaliando potencial alienação de 70% de participação na Aliança Energia, incluindo os ativos de energia Sol do Cerrado e Consórcio Candonga, presentes no portfólio da companhia, para a Global Infrastructure Partners (GIP). No entanto, a empresa, informa que não há qualquer instrumento vinculante firmado quanto à alienação e que qualquer decisão nesse sentido será tomada em conformidade com as políticas e regras de governança da Companhia.

A Petrobras informou que assinou dois protocolos de intenções para a realização de estudos sobre o reaproveitamento de plataformas de produção de petróleo e gás que estão em fase de desmobilização. No primeiro acordo, além da Petrobras, são signatários o Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (SINAVAL) e a Associação Brasileira das Empresas da Economia do Mar (ABEEMAR). No segundo acordo, é signatário o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás Natural (IBP).

A Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas) anunciou suas projeções acerca dos investimentos para o ano de 2025, no intervalo de R$ 1,4 bilhão a R$ 1,6 bilhão, segundo fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta sexta-feira.

A Petrobras informou que o FPSO Almirante Tamandaré (Búzios 7) entrou em produção no Campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos. Esta é a primeira unidade de alta capacidade a ser instalada no campo, com potencial para produzir diariamente até 225 mil barris de óleo (bpd) e processar 12 milhões de metros cúbicos de gás. Ao todo, serão 15 poços, sendo 7 produtores de óleo, 6 injetores de água e gás, 1 conversível (produtor e injetor) e 1 injetor de gás, interligados à plataforma por meio de uma infraestrutura submarina.