RADAR DO DIA: Atenção a ações de Qualicorp, CSN, EDP e Banco do Brasil

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São Paulo – Os investidores devem reagir essencialmente ao noticiário corporativo, a começar por novidades em relação à Qualicorp. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) rejeitou a proposta de acordo com membros do conselho da empresa referentes ao processo que investiga o contrato firmado com José Serepieri Junior, fundador da companhia.

No setor de educação, o conselho de administração da Yduqs (antiga Estácio) aprovou a compra da Adtalem Brasil Holding por R$ 1,9 bilhão acrescida da posição líquida pro-forma do caixa da empresa adquirida de R$ 305 milhões.

Além disso, o prazo de contestação no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) do acordo entre a Yduqs (antiga Estácio) e a Sociedade de Ensino Superior Toledo (UniToledo) terminou e a transação agora pode prosseguir.

No segmento de produção de aço, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) registrou prejuízo líquido de R$ 871 milhões no terceiro trimestre deste ano, em decorrência da variação cambial e da atualização de ações a valor justo registrada no resultado. No mesmo período do ano passado a empresa havia registrado lucro líquido de R$1,894 bilhão.

A empresa também atualizou sua projeção para ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado em 2019. Sem citar a projeção anterior, a companhia afirma que espera um resultado de R$ 7,5 bilhões para o exercício de 2019.

No setor bancário, o Banco do Brasil e o Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS) captaram um total de R$ 5,836 bilhões com a oferta secundária de ações do banco. O Banco do Brasil obteve R$ 2,819 bilhões com a operação, enquanto o FI-FGTS levantou R$ 3,017 bilhões. Cada ação foi vendida por R$ 44,05.

Além disso, o conselho de administração do Banco do Brasil aprovou a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) em 27 de novembro.

No setor de energia, o lucro líquido da Energias do Brasil cresceu 15,3% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 353,9 milhões, mas o resultado foi beneficiado principalmente por um aumento no valor do ativo financeiro indenizável. Descontando este fator e outros itens não recorrentes do resultado, o lucro da Energias do Brasil teria encolhido 31,2%, para R$ 175,8 milhões.

No segmento macroeconômico, vale destacar que, às 9h30 de Brasília, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, deve conceder sua última entrevista coletiva como chefe da instituição.

No lado político, o Supremo Tribunal Federal (STF) deve continuar hoje o julgamento a respeito da possibilidade de prisão de condenados em segunda instância. O entendimento atual da corte é favorável ao encarceramento. Dois ministros votaram ontem para manter esta interpretação – Alexandre de Moraes e Luiz Roberto Barroso -, mas o relator do caso, ministro Marco Aurélio, votou para que só seja possível prender um réu após esgotados todos os recursos.