São Paulo, 16 de dezembro de 2024 – Nesta segunda-feira, os investidores digerem declarações do presidente Luís Inácio Lula da Silva em entrevista, ontem à noite, concedida ao programa “Fantástico”, na Rede Globo. O presidente recebeu alta hospitalar no início da tarde de domingo e seguirá em acompanhamento médico durante a semana, mas ficará na sua residência em São Paulo (SP). Lula disse que o nível atual da taxa Selic, atualmente de 12,25%, é um obstáculo ao crescimento e reafirmou seu compromisso com a responsabilidade fiscal.
Também segue no radar, a aprovação das propostas de ajuste fiscal no Congresso até o final da semana, antes do recesso parlamentar, que começa na próxima segunda-feira, dia 23 de dezembro. De olho na votação do pacote fiscal, o Palácio do Planalto corre contra o tempo para liberar mais R$ 7,8 bilhões de recursos em emendas parlamentares até sexta-feira.
O Congresso Nacional terá uma semana intensa de votações importantes, a partir desta segunda-feira (16), antes do início do recesso legislativo. Na pauta, as prioridades são a votação do pacote de corte de gastos apresentado pelo governo federal, que estima economia de R$ 70 bilhões em dois anos, o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) e o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA).
Na agenda de indicadores, o IPC-S da segunda quadrissemana de dezembro de 2024 subiu 0,08% e acumula alta de 3,76% nos últimos 12 meses. Nesta apuração, cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 16, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGVIbre).
O Banco Central (BC) divulgou o Boletim Focus, que apontou que as instituições financeiras elevaram de 13,50% para 14,00% a previsão para a taxa básica de juros (Selic) ao final de 2025. Não houve projeção para 2024, já que o Copom elevou no dia 11 a Selic para 12,25% ao ano, taxa de encerramento do ano.
A projeção para a taxa de câmbio em 2024 aumentou de R$ 5,95 para R$ 5,99 por dólar, enquanto a estimativa para 2025 subiu de R$ 5,77 para R$ 5,85 por dólar. Há quatro semanas, a previsão para 2024 era de R$ 5,60, enquanto a previsão para 2025 estava em R$ 5,50.
A previsão de inflação nos preços administrados diminuiu de 4,69% para 4,62%, enquanto a projeção para a inflação medida pelo Indice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu de 6,35% para 6,45%. Para 2025, as instituições financeiras elevaram de 4,59% para 4,60% a previsão para a inflação medida pelo IPCA. A meta para a inflação no período é de 3,00%. A previsão de inflação nos preços administrados em 2025 aumentou de 4,13% para 4,15%, enquanto a projeção para a inflação medida pelo IGP-M subiu de 4,40% para 4,50%.
Às 15h, o Ministério do Desenvolvimento, da Indústria, do Comércio e Serviços divulga os dados preliminares de dezembro.
Nos Estados Unidos, saem dados de atividade industrial em dezembro às 10h30 e os PMIs industrial e de serviços em dezembro às 11h45.