RADAR DO DIA: Decisão do Fed; IGP-M em alta; Desoneração da folha

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São Paulo, SP – Os índices futuros americanos e as bolsas europeias abriram em alta. A semana será marcada pela reunião do Comitê Federal de Política Monetária (Fomc, na
sigla em inglês),do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), que definirá os juros nos EUA na quarta-feira (1). A expectativa é que o juros continuem no patamar atual (5,25% a 5,50%), após o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) de março ter vindo dentro das projeções.

O PCE aumentou 0,3% em março em relação ao mês anterior, igualando o aumento de fevereiro. Em uma base anual, o índice subiu 2,7% em março, acima dos 2,5% de fevereiro. As previsões apontavam para um aumento de 0,3% mensal e 2,6% anual. O PCE é o indicador de inflação preferido pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

A ferramenta CME FedWatch, que rastreia a probabilidade de ajustes nas taxas de juros pelo Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), indicou uma ligeira diminuição na probabilidade de as taxas permanecerem inalteradas na reunião de junho. A probabilidade, que era de 90,03% na quinta-feira (25), caiu para 88,56% na sexta-feira (26). Essa mudança ocorreu após a divulgação dos dados do PCE.

Por aqui, hoje pela manhã foi divulgado o Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M), que subiu de 0,31% em abril, demonstrando uma inversão em relação ao mês anterior, que apresentou queda de 0,47%. Com esse resultado, o índice acumula queda de 0,60% no ano e de 3,04% nos últimos 12 meses. Em abril de 2023, o índice recuou 0,95% no mês e acumulava queda de 2,17% em 12 meses anteriores. Amanhã será a vez dos números do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), relativo a março.

Ontem, durante a Agrishow, uma das maiores feiras do agronegócio do país, em Ribeirão Preto (SP), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, defendeu diálogo entre o governo federal e o Congresso Nacional sobre a questão da desoneração de impostos sobre a folha de pagamento de 17 setores da economia e de determinados municípios até 2027.

“A responsabilidade fiscal é um dever de todos. É com boa política fiscal que nós vamos ter
política monetária melhor, com redução de juros e crescimento da economia. Acho que é um compromisso de todos, e o caminho é o diálogo”, afirmou Alckmin.

Na semana passada, após o ministro Cristiano Zanin, do STF, atender a um pedido do governo Lula e suspender trechos da lei que prorrogou até 2027 a desoneração da folha das empresas de 17 setores da economia e a municípios com até 156 mil habitantes, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que o governo Lula errou ao judicializar a política e impor suas próprias razões ao recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a desoneração da folha de pagamento de setores intensivos em mão de obra, chancelada pelo Congresso.

Pacheco disse que o argumento do governo sobre o fim da desoneração da folha não procede porque, ao contrário do que foi alegado, o projeto previa a estimativa do impacto financeiro e orçamentário “de maneira muito clara, categórica e material”.

Ele também lembrou que a lei apenas prorrogou um benefício já existente desde 2011 e que decisão anterior do próprio STF considera que não há inconstitucionalidade no caso de uma prorrogação, já que esse impacto havia sido previsto na criação do benefício e que o lastro financeiro para a desoneração foi o incremento de 1% sobre a Cofins-Importação.

No setor corporativo, o Grupo Casas Bahia informou que distribuiu um pedido de
Recuperação Extrajudicial (RE) a fim de implementar de maneira segura, efetiva e transparente o bem sucedido reperfilamento de dívidas financeiras da ordem de R$ 4,1 bilhões, decorrentes de suas 6a, 7a e 8a emissões de debêntures a mercado e a 9a emissão de debêntures e certas CCBs emitidas junto a Instituições Financeiras, nos termos e condições estabelecidos no Plano de RE (PRE) aprovado pelos Credores Signatários. Segundo o comunicado, o reperfilamento proporciona benefícios robustos e imediatos, entre eles, a melhora de R$ 4,3 bilhões no fluxo de caixa dos próximos 4 anos, sendo R$ 1,5 bilhão já em 2024 alongamento do prazo médio da dívida de 22 meses para 7 meses e; redução 1,5 ponto percentual no custo médio de dívida, totalizando economia de R$ 60 milhões por ano

A Braskem divulgou o relatório de produção e vendas do primeiro trimestre de 2024 (1T24), com queda de 5% no volume de vendas de resinas no mercado brasileiro em comparação com o primeiro trimestre de 2023 (1T23), explicada, principalmente, pela priorização de vendas com maior valor agregado no período. A petroquímica vendeu 839 mil toneladas de resina e 663 mil toneladas de principais químicos no país. Em comparação ao último trimestre do ano passado (4T23), o volume de vendas de resinas no mercado
brasileiro cresceu 7%, explicado, principalmente, pela maior demanda de PE e PP em função do movimento de recomposição de estoques na cadeia.

A Allos divulgou um comunicado em resposta à notícia divulgada na coluna Broadcast do jornal Estadão, confirmando que está em tratativas a respeito de possível aquisição, juntamente com um grupo de parceiros investidores financeiros, de participação de 54% no Shopping Rio Sul de titularidade da Brookfield, localizado no bairro de Botafogo, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Além disso, a companhia ressaltou que o valor da transação em negociação é de R$ 1,1 bilhão a R$ 1,2 bilhão, diferente do que foi equivocadamente divulgado na referida notícia. Por fim, destacou que “não há, no momento, qualquer documento vinculante firmado com os vendedores”.

A Equatorial Energia informou que a Usina Solar Fotovoltaica (UFV) Ribeiro Gonçalves foi energizada em 24 de abril de 2024, e tem sua entrada em operação comercial prevista para o mês de maio de 2024. O complexo solar está localizado no município de Ribeiro Gonçalves, no estado do Piauí e conta com mais de 370 hectares, 460 mil painéis solares e capacidade instalada para gerar até 283MWp de energia, o suficiente para abastecer cerca de 335 mil residências.