São Paulo, SP – Os índices futuros americanos e as bolsas europeias abriram em instabilidade. Um dia após as decisões do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) e do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central do Brasil (BC) sobre as taxas de juros, o mercado tenta encontrar respostas sobre o presente (2022) e o futuro (2023).
O Fed elevou os juros em 0,75 ponto percentual, elevando-a para a faixa entre 3% e 3,25% numa decisão unânime. Segundo o comunicado divulgado em conjunto com a decisão da taxa de juros, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) continuará monitorando a situação atual, para ajustar a política monetária de acordo com os riscos que vierem surgindo.
Em coletiva após o anúncio, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que quer ver a inflação bem ancorada em 2% no logo prazo e que ninguém sabe se a política do Fed levará o país a uma recessão. Em resumo, a inflação ainda é um problema e novas altas devem acontecer até o fim do ano.
Hoje pela manhã foram divulgadas as novas taxas de juros do Japão e da Inglaterra. O Banco da Inglaterra aumentou os juros em 0,50 ponto percentual, em mais uma tentativa de conter a disparada dos preços no Reino Unido. Assim, a taxa foi de 1,75% para 2,25%. Já o Banco do Japão manteve sua meta de taxa de juros de curto prazo em -0,1, e o rendimento dos títulos de 10 anos em torno de 0%.
Também foi divulgado hoje o boletim econômico do Banco Central Europeu (BCE), que é publicado duas semanas depois da reunião do Conselho que decide as taxas de juros básicas do banco. No início do mês, o BCE elevou os juros em 0,75 ponto percentual, e o boletim disse que uma nova alta deve acontecer diante de uma inflação que continua alta e provavelmente permanecerá acima da meta por um logo período. A inflação de agosto na região chegou a 9,1% em agosto.
Por aqui, após 12 altas consecutivas, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central do Brasil, decidiu manter, em decisão unânime, a taxa básica de juros em 13,75% ao ano. O Copom disse que os próximos passos da política monetária poderão ser ajustados e que novos aumentos na Selic serão aprovados caso o processo de desinflação não transcorra como esperado.
No setor corporativo, a Petrobras informou que o seu conselho de administração aprovou o encerramento antecipado do mandato de Juliano de Carvalho Dantas como Diretor Executivo de Transformação Digital e Inovação da Companhia depois de 19 anos e elegeu Paulo Palaia Sica como novo Diretor Executivo de Transformação Digital e Inovação.
Em despacho, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aceitou a solicitação da CSN em prolongar indeterminadamente o prazo para se desfazer de sua posição
acionária na Usiminas – atualmente, cerca de de 13% do capital da siderúrgica mineira.
