RADAR DO DIA: Fed e Copom decidem juros; inflação na zona do euro e Reino Unido

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São Paulo, SP – Os índices futuros americanos e as bolsas europeias abriram em alta. O dia será marcado pelas decisões do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em
inglês), do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e do Comitê de Política
Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil. A expectativa é de corte de 0,25 ponto percentual (pp) nos EUA e de alta de 0,25 pp por aqui.

Para Olivia Cross, da Capital Economics, o corte de 0,25 pp seria mais prudente diante da atual situação de desaceleração da economia dos Estados Unidos. Segundo ela, ainda não há um colapso e por isso a redução deve ser mais moderada. “A atualização das projeções fornecerá insights sobre o afrouxamento cumulativo esperado nos próximos 18 meses”, afirmou Cross. Ontem, os dados das vendas no varejo nos EUA mostraram uma alta de 0,1% em agosto, superando as expectativas, que era uma retração de 0,2%.

Segundo a ferramenta FedWatch do CME Group, os traders estão apostando em uma probabilidade de 65% de um corte de 0,50 ponto percentual (pp), um aumento em relação à semana passada, quando se esperava amplamente um corte de 0,25 pp. Além da reunião desta quarta-feira, o Fed terá mais duas reuniões neste ano. A expectativa é que o ciclo que redução dos juros se mantenha pelo menos até janeiro de 2025.

Por aqui, a expectativa fica com a confirmação do aumento da Selic em 0,25 pp, passando de 10,50% para 10,75% ao ano. As incertezas giram em torno dos próximos passos a serem adotados pelo Banco Central. Por isso, as atenções estarão todas voltadas para o tom do comunicado e eventuais pistas sobre os movimentos para as demais reuniões do ano. Segundo relatório do Safras & Mercado, este ajuste é necessário devido ao desequilíbrio atual no balanço de riscos, que revela um cenário inflacionário em ascensão, agravado por preocupações fiscais e pressão cambial.

“Uma política monetária mais restritiva é necessária para ancorar as expectativas inflacionárias e fortalecer a credibilidade da autoridade monetária. Além disso,
esperamos pelo menos um aumento adicional da mesma magnitude na taxa básica de juros ainda este ano. No entanto, até o final do ano, uma maior clareza sobre o cenário econômico dos EUA pode reduzir a necessidade de ajustes mais agressivos na taxa de juros local. Diante disso, esperamos uma taxa Selic de 11% ao fim de 2024”, conclui.

Já o BTG Pactual projeta um aumento de 0,50 ponto percentual. “A comunicação desde a última reunião evoluiu significativamente, assim como o desempenho da economia. No comunicado pós-decisão, o Copom indicou maior cautela, enfatizando um monitoramento mais vigilante e diligente do cenário. Todos os membros concordaram que havia mais riscos ascendentes no balanço de riscos para inflação, e vários enfatizaram a sua assimetria. Além disso, o Copom não se comprometeu com estratégias futuras e por unanimidade reforçou que não hesitaria em aumentar a taxa Selic para garantir a convergência da inflação à meta, se julgar apropriado.

Na Europa, hoje pela manhã saíram os números do índice harmonizado de preços ao consumidor dos países que compõem a zona do euro, que trouxe alta de 2,2% em agosto na comparação com o mesmo período de 2023, após a alta de 2,6% de julho. A previsão era de alta de 2,2% em base anual. Em base mensal, os preços ao consumidor subiram
0,1% em agosto de 2024.

Já no Reino Unido, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 2,2% em agosto em relação ao mesmo mês de 2023, o mesmo índice registrado em julho (dado revisado), segundo informações do escritório nacional de estatísticas do país. Em base mensal, os preços ao consumidor subiram 0,3% em agosto. Os índices vieram dentro das expectativas do mercado.

No setor corporativo, a Weg informou que investirá aproximadamente R$ 670 milhões, ao longo dos próximos cinco anos, na expansão da capacidade e verticalização dos negócios de transformadores e motores elétricos no México e no Brasil. No México os investimentos serão destinados para a construção de um novo prédio para fabricação de fios, na cidade Atotonilco de Tula, além da aquisição e instalação de equipamentos. No Brasil, os investimentos serão aplicados nos parques fabris de Itajaí e Guaramirim, ambos no Estado de Santa Catarina. Em Itajaí, a companhia vai expandir em 9.500 m2 sua fábrica de fios, atualmente com 8.500 m2, para atender a demanda atual e projetada para transformadores no Brasil. O investimento previsto neste projeto, próximo a R$ 169 milhões, tem um cronograma estimado de cinco anos.

A Iguatemi informa que foi concluída, nesta data, a aquisição da participação no Shopping
Center Rio Sul pela Combrashop, através da Parshop. A Iguatemi, em conjunto com o fundo de investimento imobiliário BBIG, subscreveu e integralizou Certificados de Recebíveis Imobiliários lastreados em notas comerciais que representam créditos imobiliários devidos pela Parshop, cujos recursos foram destinados à aquisição da participação no Shopping Rio Sul.

A diretoria executiva da Cemig deliberou pela declaração de juros sobre o capital próprio (JCP) no valor bruto de R$ 472,591 milhões, ou R$0,16520222078 por ação, a ser compensado com o dividendo mínimo obrigatório do exercício de 2024, aos acionistas detentores de ações ordinárias (ON) e preferenciais (PN) no dia 23 de setembro.

A Caixa Econômica Federal e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) assinaram acordo de cooperação para compartilhamento de barcos para atendimento a populações ribeirinhas nesta terça-feira (17), no Ministério da Previdência, em Brasília. Por meio do acordo, mais de 3 milhões de pessoas serão beneficiadas com serviços do banco e do INSS nos 7 barcos compartilhados entre as instituições.

A Caixa Econômica Federal anunciou, em Brasília, o novo patrocínio de R$ 160 milhões ao Comitê Olímpico do Brasil (COB), a maior autoridade olímpica do Brasil, filiada ao Comitê Olímpico Internacional (COI). O apoio da Caixa irá até dezembro de 2028, incluindo os Jogos Olímpicos de Los Angeles (US), em julho de 2028.