RADAR DO DIA: Fed e Copom decidem juros na quarta; Emprego nos EUA; Lira adia reunião

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São Paulo, SP – Os índices futuros americanos e as bolsas europeias abriram em instabilidade. A semana será marcada pela Super Quarta, com a definição dos juros nos Estados Unidos e no Brasil. Na última sexta-feira (26), o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) de dezembro, nos EUA, veio dentro do esperado pelo mercado, alta de 2,6%, o mesmo registrado em novembro, mas os gastos pessoais avançaram acima da previsão, com alta de 0,7% em base anual ante 0,4% do mês anterior. A semana também trará dados de três indicadores sobre o mercado de trabalho nos EUA: Jolts, ADP (vagas do setor privado) e o payroll (não inclui setor agrícola).

O PCE é um dos principais índices de inflação analisado pelo Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), do Federal Reserve (Fed,o banco central norte-americano) para balizar sua decisão sobre a taxa de juros no país. A expectativa do mercado é que o o Fed deve iniciar um ciclo de queda dos juros a partir de junho de 2024, com cortes de 0,25 ponto percentual (pp) em todas as reuniões, o que deve acarretar um declínio acumulado de 1,75 pp no fim de 2024.

Por aqui, após a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que subiu 0,31% na base mensal, bem abaixo das expectativas (XP: 0,45%; mercado: 0,47%), e em relação à variação em 12 meses, o índice de inflação caiu para 4,47% em janeiro de 4,72% em dezembro, a expectativa é que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve reduzir novamente os juros em 0,5 ponto percentual, levando a taxa Selic a 11,25%, na quarta-feira (31).

Segundo analistas, o corte também deve acontecer na reunião de março. Segundo o boletim Focus da semana passada, com previsões de instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central do Brasil, o IPCA deve fechar o ano em 3,86%. Já a taxa Selic deve terminar 2024 em 9%.

Em Brasília, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), cancelou a reunião com líderes que estava prevista para acontecer hoje. O encontro aconteceria em meio ao recesso parlamentar. Mas há poucos líderes em Brasília. Com isso, se houver alguma conversa nos
próximos dias, elas devem ser pontuais. As informações são da CNN. A lista de questões que seriam discutidas é extensa: veto de R$ 5,6 bilhões em emendas parlamentares; próximos passos da Câmara em relação à reoneração da folha de pagamento; e fim da isenção fiscal para líderes religiosos.

No setor corporativo, a Magazine Luiza informou na noite de ontem (28) que seu Conselho de Administração aprovou um aumento de capital privado no montante de R$ 1,25 bilhão, totalmente garantido pelos acionistas controladores e pelo Banco BTG Pactual S.A. e suas afiliadas. O aumento de capital, a ser realizado dentro do limite do capital autorizado previsto no estatuto social da companhia, contempla a emissão para subscrição privada de, no mínimo 608.974.359 ações ordinárias e, na máximo, 641.025.641 ações ordinárias, todas escriturais e sem valor nominal, ao preço de emissão de R$ 1,95 por Ação, totalizando, no mínimo R$ 1,18 bilhão e, no máximo R$ 1,24 bilhão.

A Petrobras informa que concluiu a perfuração do poço exploratório de Pitu Oeste, na Bacia Potiguar na Margem Equatorial. A companhia comunicou à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) que identificou presença de hidrocarboneto, porém ainda inconclusivo quanto à viabilidade econômica. O poço integra a concessão BMPOT-17 e está localizado em águas profundas a 52 km da costa do Rio Grande do Norte.

A Méliuz informou que foi aprovada em sua Assembleia Geral Extraordinária de Acionistas (AGE) a redução de seu capital social no valor de R$ 210 milhões (Redução de Capital por Excesso) e da redução do capital social no valor aproximado de R$ 108 milhões, referente ao prejuízo acumulado (Redução de Capital por Perdas). A redução do capital social no valor de R$ 210 milhões, por considerá-lo excessivo, mediante restituição aos acionistas em dinheiro, sem o cancelamento de ações, em conjunto com a redução de capital por perdas, no valor de R$ 107.922.029,79 para absorção dos prejuízos acumulados registrados nas informações financeiras trimestrais referentes a 30 de setembro de 2023

A Petrobras informa que suas estimativas de reservas provadas de óleo, condensado e gás natural, segundo critérios da Securities and Exchange Comission (SEC, órgão equivalente à Comissão de Valores Mobiliários nos Estados Unidos), resultaram em 10,9 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), em 31 de dezembro de 2023. Deste total, 84% são de óleo e condensado e 16% de gás natural.

O conselho de administração da Suzano aprovou, nesta data o cancelamento de 20 milhões de ações ordinárias atualmente mantidas em tesouraria, adquiridas no âmbito do programa de recompra de ações da companhia aprovado em outubro de 2022, e aprovou um novo programa de recompra de ações da companhia. O novo programa prevê a recompra de até 40 milhões de ações ordinárias da companhia por um prazo de 18 meses.

A Petrobras informou que, em 2023, alcançou a produção total de óleo e gás natural de 2,78 MMboed, 3,7% acima da produção registrada em 2022. A produção comercial de óleo e gás natural ficou em 2,44 MMboed e a produção de óleo em 2,24 MMbpd. Estes indicadores de produção superaram o planejamento do PE23-27 e ficaram em linha com as projeções de produção revisadas em novembro de 2023, dentro da faixa de 2,0%, disse a empresa. Como destaque de 2023, a companhia atingiu recorde anual de produção total própria de óleo e gás natural no pré-sal, com 2,17 MMboed, superando o recorde anterior de 1,97 MMboed, em 2022 e representando 78% da nossa produção total

O Grupo Soma informou que sua Assembleia Geral Extraordinária aprovou a terceira emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, com garantia fidejussória adicional do Grupo Soma. As debêntures serão emitidas em até três séries, no valor, inicialmente, de R$ 500 milhões, que poderá ser aumentado em até 25%, ou seja, em até R$ 125 milhões, na data de emissão, sendo que as debêntures da primeira série e as debêntures da segunda série terão prazo de vencimento em 11 de fevereiro de 2028; e as debêntures da terceira série terão prazo de vencimento em 13 de fevereiro de 2030.