São Paulo, SP – Os índices futuros americanos e as bolsas europeias abriram em queda. Os investidores aguardam hoje a divulgação da prévia do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos referente ao terceiro trimestre. Além disso, amanhã (27), saem os números do índice de preços PCE de setembro. Em agosto, o PCE subiu 3,5% na comparação anual. O PCE é considerado o principal índice de inflação analisado pelo Fed para balizar sua decisão sobre os juros.
Na semana passada, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte americano), Jerome Powell, deixou claro que os juros não devem cair tão cedo diante da inflação ainda persistente e do mercado de trabalho aquecido. No mês passado, a ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) apontou que as taxas devem chegar a 5,6% até o fim do ano, com pelo menos mais um aumento de 0,25 ponto percentual nos juros. A próxima reunião do Fomc acontece na semana que vem.
Na Europa, hoje é dia da decisão do Banco Central Europeu (BCE) sobre os juros na região. A expectativa é que o BCE encerre uma sequência de aumentos que durou um ano e inicie uma pausa. Diante das expectativas de que a economia da zona euro estagnar ou até mesmo contrair no segundo semestre deste ano, a maioria dos economistas espera que o próximo movimento do BCE seja um corte nas taxas, embora isso provavelmente não ocorra antes do terceiro trimestre do próximo ano.
Por aqui, hoje sai o Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que deve subir 0,30% em outubro ante setembro. Já a taxa acumulada pelo IPCA-15 em 12 meses deve ter alta de 5,22%. As estimativas foram calculadas pelo Termômetro CMA.
Em Brasília, a Câmara dos Deputados aprovou na noite de ontem o projeto de lei que prevê a tributação de investimentos de pessoas físicas no exterior e a antecipação de imposto em fundos fechados no Brasil. A proposta será enviada ao Senado. O texto aprovado é do relator, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), para o Projeto de Lei 4173/23, do Poder Executivo. A redação final incorpora a Medida Provisória 1184/23, sobre a incidência do chamado come-cotas nos fundos fechados. A taxação de investimentos no exterior também já foi tema de outra MP (1171/23).
No plenário do Senado, ontem, foi aprovado o projeto de lei que prorroga, por mais quatro anos, a chamada desoneração da folha salarial, espécie de incentivo fiscal destinado a 17 grandes setores da economia brasileira que mais empregam. O PL 334/2023 segue agora para sanção ou veto da Presidência da República.
A desoneração da folha de pagamentos foi implantada como medida temporária em 2012, tendo sido prorrogada desde então. A desoneração atual tem validade até 31 de dezembro de 2023, ou seja, o projeto aprovado determina a prorrogação de 1º de janeiro de 2024 até 31 de dezembro de 2027.
No setor corporativo, a Rumo e a Rumo Malha Paulista informaram ontem (25) que o ministro Vital do Rego, do Tribunal de Contas da União (TCU) deu parecer favorável sobre a
proposta de atualização do Caderno de Obrigações da Malha Paulista, pactuado por ocasião da prorrogação antecipada de seu contrato de concessão, por meio do Segundo Termo Aditivo de 27 de maio de 2020.
A Gol informou que adiou a divulgação de suas informações contábeis intermediárias revisadas, contidas no Formulário de Informações Trimestrais (ITR), relativas ao terceiro trimestre de 2023, em função da avaliação contábil de transações ocorridas próximo ao fim do intervalo e que requereu prazo adicional para a conclusão da revisão dos auditores independentes. O balanço, que seria divulgado hoje, foi adiado para o dia 6 de novembro.
A agência de classificação de risco Fitch Ratings afirmou a nota de crédito em moedas estrangeira e local ‘D’ da Americanas, para refletir o fato de a companhia continuar em processo de recuperação judicial, concedida em 19 de janeiro e ainda não chegou a um acordo final com os credores. Assim que a Americanas concluir a reestruturação de sua dívida, a Fitch reavaliará a empresa com base na nova estrutura de capital, considerando o risco do negócio
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, participou ontem de uma conferência do instituto Future Investment Initiative (FII), que acontece até a amanhã (26), em Riad, capital da Arábia Saudita. Ele foi um dos palestrantes em debate sobre urbanização inteligente. O evento discutiu os desafios das empresas e da sociedade num contexto de revolução energética e como elas podem navegar neste cenário de transição energética sem comprometer o desenvolvimento econômico ou a estabilidade ambiental.
O conselho de administração da CCR aprovou nesta quarta-feira a distribuição de dividendos intermediários de R$ 316,2 milhões, correspondentes a R$ 0,15678141843 por ação, com base na composição acionária de 30 de outubro. O pagamento dos dividendos será realizado em 30 de novembro.
