São Paulo, SP – Os índices futuros americanos abriram em queda e as bolsas europeias em alta. O mercado aguarda com expectativa os números do índice de preços ao consumidor
(CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, referente a agosto, que serão divulgados na manhã de hoje. Em julho, o CPI subiu 0,2% ante junho, após ter recuado 0,1% um mês antes. Em 12 meses, a inflação desacelerou de 3% para 2,9%. Amanhã será a vez dos números do do índice de preço ao produtor (PPI).
O mercado prevê uma alta em base anual de 2,6% no CPI de agosto, enquanto a inflação mensal deve permanecer inalterada em 0,2%. Os mercados atualmente veem uma chance de 71% de um corte de 0,25 ponto percentual (pp) nos juros na próxima semana (18 de setembro), quando o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), se reúne para decidir a nova taxa no país. Segundo a ferramenta CME FedWatch, que rastreia a probabilidade de ajustes nas taxas de juros, a expectativa é uma redução total de 1 pp até o final do ano.
Para analistas do Bank of America (BofA), os 144 mil empregos abertos nos Estados Unidos em agosto, e a taxa de desemprego em 4,2%, aumentaram a urgência para que o Fed reduza a taxa de juros. A expectativa do BofA é que o Fed corte 0,25 ponto percentual (pp) por reunião durante as próximas cinco reuniões, até março de 2025. Os analistas descartam um corte maior pelo Fed, de 0,5 pp, pois resultaria numa descredibilidade do banco central, pois os agentes do mercado poderiam enxergar que a autoridade monetária está reagindo de maneira atrasada frente à desaceleração econômica.
Ontem à noite foi realizado o primeiro debate entre os candidatos à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano) e Kamala Harris (Democrata). Segundo analistas, Harris teria vencido o debate ao deixar Trump na defensiva, provocando o ex-presidente sobre o tamanho das multidões nos seus comícios, seu comportamento durante a invasão ao Capitólio, em Washington, entre outras questões.
O ex-presidente pintou um quadro de uma nação mergulhada no caos e desespero desde que ele deixou o cargo. Ele culpou agressivamente Harris pela crise migratória da era Biden, reiterando sua alegação sem fundamentos de que o governo está permitindo que pessoas de prisões, instituições psiquiátricas e “manicômios” entrem ilegalmente no país. A eleição ocorrerá em 5 de novembro.
Na Europa, o mercado também vive a expectativa para a decisão do Banco Central Europeu (BCE), na próxima quinta-feira (12), sobre os juros na região. Para Carsten Brzeski, chefe global de macroeconomia da ING, com os últimos dados de inflação da zona do euro, um corte na taxa de juros na reunião desta semana tornou-se quase uma certeza. A taxa deve recuar de 3,75% para 3,5%. “Como a inflação atual está se aproximando de 2% e as previsões de inflação de longo prazo permanecem estáveis em torno de 2%, o BCE tem motivos suficientes para reduzir ainda mais o nível de restritividade da política monetária.
Por aqui, após a divulgação do Indice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de agosto, que recuou 0,02%, abaixo das estimativas de +0,01%, hoje saem os números do setor de Serviços, que deve crescer 0,05% em julho ante junho. No comparativo com o mesmo período de 2023, é projetada uma alta de 2,55%. As estimativas foram calculadas pelo Termômetro Safras News.
Após a divulgação do IPCA, a Capital Economics disse que a retração mantém as expectativas de que a Selic (taxa básica de juros) suba 0,25 ponto percentual (pp) na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na próxima semana, indo a 10,75%, iniciando 2025 a 12%. “É difícil apresentar argumentos convincentes para grandes aumentos das taxas, dado o quão restritivas as configurações de política já são e, como resultado, esperamos apenas mais modestos 1,25 ponto percentual de aumentos, para 12%, no início de 2025”, ressaltou a Capital
Na segunda-feira, o boletim Focus, que traz as previsões de instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central do Brasil, elevou a expectativa para o IPCA deste anos, passando de 4,26% para 4,30%. Para 2025, a previsão ficou estável em 3,92%. Sobre a taxa Selic, a previsão para 2024 passou de 10,50% para 11,25%. Para 2025, a expectativa para a Selic avançou de 10% para 10,25%. Na sexta-feira (13), Banco Central do Brasil divulga o Indice de atividade econômica (IBC-Br), referente a julho. O IBC-Br é considerado uma prévia do PIB.
No setor corporativo, a Brava Energia informou que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) emitiu a licença de operação do FPSO Atlanta. Segundo o comunicado, a companhia segue empenhada em atender os pedidos para a autorização pendente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para iniciar a produção na nova plataforma.
A Iguatemi informou que concluiu a operação referente as vendas de 50% do Shopping Iguatemi São Carlos, representando a totalidade de sua participação no ativo, e de 18% do Shopping Iguatemi Alphaville. A operação foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no dia 21 de agosto de 2024, tendo seu trânsito em julgado ocorrido no dia 6 de setembro de 2024.
A Brava (ex-3R Petroleum e Enauta) informou os dados preliminares da produção referente a agosto, com 56.625 barris de óleo equivalente por dia (boed), acima da produção registrada em julho (54.888). Segundo a companhia, conforme planejamento, no dia 22 de agosto foi desconectado o poço 2 do FPSO Petrojarl I para conexão com o FPSO Atlanta. Da mesma forma, a instalação do segundo módulo de bombeio multifásico e conexão dos demais poços para crescimento da produção estão em implementação conforme cronograma.
O Chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), o brigadeiro do ar Marcelo Moreno, afirmou que, neste momento, não é possível precisar se houve falha no sistema de degelo do avião da Voepass que caiu em Vinhedo (SP), em 9 de agosto. Ele participou, nesta terça-feira (10), de audiência pública da comissão externa que acompanha as investigações do acidente na Câmara dos Deputados e foi questionado por parlamentares se o sistema de degelo poderia ter sido desligado sozinho sem que o piloto quisesse.
A Auren Energia e a AES Brasil aprovaram, em assembleias de acionistas realizadas hoje, a
combinação de negócios e a unificação das bases acionárias da Auren e da AES Brasil e que, ao final, resultará na conversão da AES Brasil em subsidiária integral da Auren. A data de fechamento da operação e o último dia de negociação das ações da AES Brasil na B3 será em 31 de outubro, com a extinção da ARN na mesma data.
A Localiza informou na terça-feira (10) o resultado da subscrição de sobras do aumento de capital e rateio de sobras adicionais, após o encerramento do prazo para essas operações no dia 3 de setembro, no âmbito do aumento do capital social da companhia aprovado em reunião do conselho de administração da companhia realizada em 21 de junho. A integralização das sobras adicionais subscritas será realizada à vista, em moeda corrente nacional, em 12 de setembro, juntamente com a integralização das sobras.
O conselho de administração da atacadista Assaí aprovou, em reunião realizada, nesta data, uma emissão de debêntures simples, em série única, com prazo de vencimento de 5 anos, no valor total de R$ 2,8 bilhões. Os recursos líquidos captados por meio da oferta serão utilizados pela companhia para liability management e, eventualmente, para usos gerais.
A Vivo, marca da Telefônica Brasil, amplia seu portfólio e passa a comercializar Smart TVs da Samsung em suas lojas. A iniciativa é fruto de um acordo da Vivo com a Samsung Brasil e que incrementará a oferta de produtos da fabricante nas lojas da Vivo, que atualmente já comercializa, além de smartphones, smartwatches, fones de ouvido, notebooks, tablets, projetores portáteis.
O Centro de Estudos de Energia da Fundação Getulio Vargas (FGV Energia), em parceria com a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) e o International Gas Union (IGU), promoverão, no dia 11 de setembro de 2024, das 8h30 às 12h30, no Ministério de Minas e Energia, em Brasília, o evento internacional “O Papel do Gás Natural e do Biometano na Transição Energética Justa, Acessível e Sustentável”.
